Canção Nova tem programação especial nesse fim de semana para celebrar a festa instituída na Igreja por São João Paulo II
Julia Beck
Da redação
A Festa da Divina Misericórdia, comemorada todo segundo domingo da Páscoa, começa a ser celebrada nesta sexta-feira, 6, na Canção Nova. Com o tema: “Somos a geração da misericórdia — preparamos a vinda do Senhor” a festa conta com missas, procissão, pregações, shows e cânticos. “É uma oportunidade de voltar ao Pai das Misericórdias”, afirmou padre Antônio Aguiar, membro da comunidade Divina Misericórdia, e que preside a missa de abertura da festa, às 16h desta sexta-feira, 6.
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Conhecido como um propagador da Divina Misericórdia assim como padre Antônio Aguiar, padre Rodrigo Natal, da diocese de Taubaté, integra o time de participantes das atividades deste final de semana na Chácara de Santa Cruz, em Cachoeira Paulista. Junto à irmã Kelly Patrícia, padre Fábio de Melo, André Florêncio, Ricardo e Eliana Sá, padre Rodrigo pregará na Canção Nova sobre a Catequese da Misericórdia.
De acordo com os dois sacerdotes, a Festa da Misericórdia tem uma importância singular para a Igreja, pois partiu de um pedido de Jesus. “Ele prometeu que neste dia as comportas do céu estarão abertas e, sobre a terra, serão derramadas muitas graças diante dos corações bondosos e devotos”, contou padre Rodrigo.
O pedido de Jesus para a celebração da Festa da Divina Misericórdia foi feito à santa Faustina Kowalska, e está presente em seu diário. O diário da santa polonesa, que se tornou um livro, foi acompanhado por São João Paulo II durante seu papado. O santo polonês, ao conhecer os escritos de irmã Faustina, viu a necessidade de divulgar a Divina Misericórdia ao mundo, e assim, de acordo com padre Rodrigo, São João Paulo II firmou a festa no calendário litúrgico da Igreja.
“São João Paulo II dizia que longe da Misericórdia não existe esperança para o homem, portanto, o desejo de Jesus é que os pecadores vejam Nele a oportunidade da misericórdia e possam voltar-se para Ele e descobrir o caminho da salvação”, contou padre Antônio Aguiar. Para padre Rodrigo a Divina Misericórdia deve ser encarada como um grande presente do coração de Deus.
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Devoção e sacerdócio
Padre Antônio Aguiar e padre Rodrigo Natal são conhecidos popularmente pela devoção com que propagam a Divina Misericórdia. Segundo padre Aguiar, desde a ordenação do sacerdócio a Igreja o designa na propagação da esperança. “Nestes 21 anos de padre anuncio a misericórdia de Deus. Isso basicamente ocupa toda a dimensão do meu sacerdócio”, contou padre Antônio.
Com padre Rodrigo Natal, o início da devoção não foi diferente. De acordo com o sacerdote, a proximidade com a Divina Misericórdia começou logo que assumiu seus compromissos sacerdotais na Arquidiocese de Taubaté, quando assumiu a reza do terço da misericórdia na rádio em que dirigia. “Assumi de forma muito tímida e ali, dentro do estúdio, ao abrir para a participação do povo, fui percebendo a dimensão deste trabalho, do quanto Jesus age ainda quando nos dispomos de maneira tímida ao seu chamado”, recordou.
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Após as orações no estúdio, padre Rodrigo passou a rezar o terço nas paróquias e comunidades de Taubaté. “Nossas Igrejas ficavam cheias e as pessoas eram fervorosas. Isso ecoava e transformava quem participava, e o meu ministério foi transformado também. Aquilo que era uma oração para a emissora e para os fiéis, se tornou uma ferramenta de sustentação para o meu ministério. Eu já não estava só oferecendo uma ajuda, eu estava sendo ajudado, alimentado, e encorajado a viver as minhas obrigações sacerdotais com leveza. A Divina Misericórdia estava agindo no meu coração”.
Dos pedidos de oração, padre Rodrigo conta que surgiu a ideia de produzir CDs e escrever livros com a temática da Divina Misericórdia, sendo o último intitulado “365 dias com a Divina Misericórdia”. “É assim que eu vivo, 365 dias debaixo dos raios do coração de Jesus”, contou.
Na Canção Nova
Padre Rodrigo Natal pregará neste sábado, 7, a Catequese da Misericórdia, sobre práticas das obras de Misericórdia. Sobre o tema, o sacerdote adianta a discussão: “Quando somos alcançados pela misericórdia, nós somos transformados. Às vezes interpretamos a misericórdia como conivência, como: ‘Deus me ama do jeito que eu sou’ (…). Deus realmente nos aceita como nós estamos em vista da manifestação do seu poder em nós, mas Deus não aceita nossas manias e inclinações para o mal”.
“Misericórdia é sinal de transformação, Deus aceita como estamos, mas nos faz melhor do que chegamos. Uma pessoa que encontra melhora em Deus é uma pessoa de prática de misericórdias. (…) Quando eu experimento a misericórdia de Deus eu me torno um ser misericordioso, é bíblico. Quem é devoto da misericórdia tem práticas de misericórdia, se não fica uma coisa na verbalidade, quando não é, é prático”, explicou o padre. A Catequese da Misericórdia será pregada pelo sacerdote às 12h30 no Rincão da Canção Nova.