Artigo- Empreendedorismo

Os desafios do início da carreira profissional

Especialista apresenta dicas para o ingresso no mercado profissional

André Prado*

Os desafios do início da carreira profissional

O início da vida profissional pode ser difícil para alguns jovens. Se for questionado nas salas de aulas do país quem está à procura de um emprego ou quem quer ser dono de seu próprio negócio, parte considerável escolherá primeira opção. Acontece que o mercado de trabalho não é mais o mesmo e a automação tem diminuído parte das vagas disponíveis.

O sonho de diversos formandos ou recém-formados desejosos de ingressar principalmente em multinacionais, indústrias ou instituições renomadas tem ido por água abaixo em muitos casos. A estrutura das conceituadas corporações não consegue absorver a quantidade de profissionais lançados no mercado. Muitos desejam devolver uma carreira nestas organizações, mas poucos conseguem passar pelo exigente crivo proposto. No entanto, no mercado de trabalho ainda existe de tudo um pouco.

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Algumas vagas disponíveis nas empresas ainda são disputadas por competência, entretanto ainda existem organizações no mercado de trabalho que contratam pelo QI, que, ao invés de significar Quociente de Inteligência, sugere o popularizado termo “Quem Indica”. Quando a contratação ocorre por indicação dentro de um processo seletivo, algumas vezes, candidatos com bons currículos passam por várias etapas, mas depois ficam sabendo que alguém indicado angariou a vaga. Lamentavelmente isto ainda ocorre em algumas empresas. Inclusive é crescente o número de organizações que não concede um retorno com informações ao candidato sobre os motivos pelos quais não foi escolhido.

Cabe ressaltar que nem sempre alguém indicado será capaz de atender o perfil desejado pelas corporações. Porém ainda existem organizações que adotam a indicação como meio de seleção. Em contrapartida, aqueles que conseguem ingressar nas corporações por competência, além de um processo seletivo acirrado pela quantidade de candidatos, acabam se deparando com uma série de reivindicações para preencher os requisitos da vaga.

Uma boa parte das empresas tem extrapolado nos níveis de exigências, mas assim procedem para selecionar os melhores talentos. Porém, é bom lembrar que nem sempre o candidato que apresenta as melhores qualificações curriculares será o que apresentará melhores resultados na execução prática das tarefas. Portanto, é preciso verificar durante o prazo de experiência como o novo colaborador se comporta e como age diante dos desafios atribuídos. Está certo que o prazo de experiência dependendo da função não é longo o suficiente para avaliar diversas competências e habilidades do contratado, mas é possível conceder uma visão.

Outra dificuldade para os que ingressam no mercado de trabalho é a tão desejada experiência. Entretanto, se nenhuma empresa der oportunidade, como um profissional poderá adquirir experiência?

A questão de se exigir experiência pode ser algo complicado, pois dependendo da empresa que um profissional tenha trabalhado anteriormente, a experiência adquirida pode até ser prejudicial ao invés de benéfica. Afinal, nem sempre o que foi uma experiência útil no passado pode ser de bom proveito para produzir uma boa solução para o presente. Analisando por outra ótica, o fato de contratar profissionais sem experiência pode permitir à empresa treinar este profissional de acordo com a sua cultura organizacional, exigindo obviamente que este novo colaborador tenha o espírito empreendedor, seja dinâmico, inovador e traga soluções.

Abraçando oportunidades

Uma boa opção para ingressar no mercado de trabalho pode ser se engajar no serviço voluntário. Além de dignificante o voluntariado permite em geral uma ocupação nobre permitindo ao voluntário adquirir experiência em algumas atividades que podem ser úteis para a sua área de formação.

Outra possibilidade para ingresso nas organizações torna-se possível através das vagas para estagiários que podem estar inclusive cursando os últimos anos. Em tempos de crise aumenta ainda mais a preferência das empresas em contratos desta modalidade. Isto ocorre em função de que estagiários podem estar mais atualizados em termos de conhecimento, apresentam baixo custo financeiro e podem se esforçar muito para permanecer na organização. Existem ingressantes neste sentido que embora não tenham muita experiência prática, em pouco tempo começam a desenvolver o papel de um profissional. Dependendo da empresa, alguns estagiários têm a chance de contratação antes do final do término do contrato.

Outra oportunidade criada por algumas empresas é a contratação de trainnes, recém-formados que recebem treinamento para ocupar posições organizacionais. A área comercial também oferece vagas com oportunidades para o bom aprendizado profissional.

De toda maneira, independente da escolha que um recém-formado resolva ingressar no mercado de trabalho, é preciso muita dedicação, afinco e capacitação. Estes são fatores fundamentais para o desempenho das atividades e manutenção do emprego.

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*André Prado é Mestre em Educação com Menção em Gestão pela Universidad Politécnica Salesiana Ecuador, pós-graduado em Engenharia da Qualidade e bacharel em Administração de Empresas. Desenvolve atividades na Escola de Engenharia de Lorena da Universidade de São Paulo, Faculdade Canção Nova e Centro Universitário Teresa D´Ávila. Para conhecer mais sobre gestão visite o site: www.andreprado.com.br

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