Encontro nacional das Mães que oram pelos Filhos quer restaurar as famílias pelo poder da oração
Verônica Suênia
Da Redação
O Encontro Nacional de Mães que oram pelos filhos, neste ano de 2022, volta a acontecer de forma presencial e tem como tema: “Convertei-vos e credes no evangelho” (Mc.1,15). O evento está na sua 8ª edição e será na Sede da Comunidade Canção Nova em Cachoeira Paulista (SP) no final de semana que antecede o Dia das Mães, de 29 de abril a 1º de maio.
O movimento de mães que oram começou com um grupo em 2011 em Vitória (ES). Em 2014, a Igreja declarou como movimento eclesial esses grupos de mães que foram se espalhando por várias partes do país. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) oficializou o movimento em 2019, indicando um diretor espiritual e reorganização do estatuto previsto. Os grupos de mães estão presentes em 3 continentes: América, Europa e Ásia.
Leia também
.: Catequese do Papa Francisco sobre o papel das mães – 07/01/15
A coordenadora nacional do movimento, Ângela Abdo, contou à nossa equipe que, depois de duas edições sem a presença do público, as mães estão ansiosas pelo encontro deste ano, por causa do retorno presencial. “As mães estão eufóricas, vindo em caravanas de todos os estados do Brasil e também de outros países.”
Ângela também ressaltou o objetivo principal do movimento, que é a restauração das famílias através do poder da oração. “Esperamos encher a Canção Nova de mães aquecidas para buscar a conversão pessoal e de toda família. Queremos sentir a alegria da convivência próxima novamente.”
Efeitos da Pandemia
A coordenadora nacional lembrou ainda os desafios enfrentados nos dois anos de isolamento, que foi um tempo duro, onde as famílias foram assoladas por problemas conjugais e psicológicos. O trabalho do movimento neste período foi muito importante para dar suporte às famílias, mesmo sendo de maneira virtual. Ela lembra que os encontros continuaram acontecendo através das plataformas digitais, para manter acesa a chama de fé e unidade.
“Por outro lado, trouxe também o comodismo e individualismo, por isso esperamos que esse ano mostre que nada substitui o encontro presencial.”
A espiritualidade que norteia o movimento é do cotidiano: “rezar entre as panelas, ofertar as dores do dia a dia”.
Veja também:
.: Movimento Mães que Oram pelos Filhos: 10 anos transformando vidas
Sobre o movimento
Com o passar dos anos, o movimento foi sendo organizado de acordo com a distribuição da Igreja (estados, dioceses, regiões e paróquias). A coordenação nacional faz o pastoreio a partir das diretrizes estabelecidas para os grupos.
Segundo Ângela, o Movimento ‘Mães que oram pelos Filhos’ realiza também um trabalho para “pescar” famílias fora da Igreja. Existem grupos de mães nas portas dos presídios e nos hospitais. E grupos dentro das escolas dos filhos. Foi criada a AMO (Associação Mães que Oram) e, em 2018, tinham cadastrados 578 grupos no Brasil, 11 no exterior, 9 nas escolas e 1 em hospital.
Os grupos presenciais acontecem nas paróquias. Há também grupos virtuais, que são mais direcionados para necessidades específicas: filhos dependentes químicos, homoafetivos, adotivos, especiais fisicamente e mentalmente, mães que perderam os filhos e até com problemas psicológicos e que não conseguem engravidar. O movimento alcança as mulheres casadas de várias formas e as mães em todos os contextos.
Nas redes sociais os grupos rezam o terço pelos filhos diariamente.
Acesse
.: Programação do encontro