Amazônia

Missa em Manaus celebra os sete anos da REPAM

Missa pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) teve também entronização de Nossa Senhora do Valle

Da redação, com Arquidiocese de Manaus

Missa pela Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM) teve também entronização de Nossa Senhora do Valle./ Foto: Arquidiocese de Manaus

Neste domingo, 12, uma missa foi celebrada em comemoração aos sete anos da Rede Eclesial Pan-Amazônica (REPAM). Migrantes, religiosidade popular, a Amazônia e seus povos, foram alguns dos elementos presentes na celebração eucarística na Catedral de Manaus, presidida pelo arcebispo Dom Leonardo Steiner. 

O arcebispo recordou que a REPAM “deseja ser uma presença maior da Igreja que está na Pan-Amazônia”.

Nossa Senhora do Valle

Também aconteceu a entronização de Nossa Senhora do Valle, padroeira do Oriente venezuelano, uma invocação presente na vida do povo daquele país e dos migrantes que, tendo chegado a Manaus, podem encontrar na imagem uma força para “lamentar sua dor, sua distância de sua nação e de suas famílias”, disse Dom Leonardo.

Ao entronizar a imagem na Igreja de Manaus, o bispo afirmou: “desejamos assim expressar a nossa acolhida, o nosso amor, ajudar a enxugar as lágrimas, acalentar a saudade, é a manifestação do nosso amor para com nossos irmãos venezuelanos”.

Dom Leonardo reforçou que “nela encontrarão forças para trilhar o caminho do sofrimento, da separação familiar, da saudade da pátria, do ter que pedir esmola. Um pequeno gesto da nossa parte que, talvez, na fé, ajude a cobrir a nudez e matar a fome. Trata-se de “resgatar a finitude humana”, algo que a REPAM também tem feito em seus sete anos de existência. 

REPAM

Nas palavras de seu presidente, o Cardeal Pedro Barreto, em mensagem lida pelo secretário executivo da Rede Eclesial Pan-Amazônica, Irmão João Gutemberg Sampaio, “estamos neste caminho sinodal que nos leva a todos a viver uma Igreja em saída missionária”.

O cardeal peruano recordou o que aconteceu em Brasília há sete anos, em uma reunião convocada pelo Departamento de Justiça e Solidariedade (Dejusol) do Conselho Episcopal Latino-americano (Celam), para pensar na possibilidade de uma organização, de um espaço para coordenar nosso trabalho como Igreja Católica na Amazônia. O que parecia ser um sonho tornou-se realidade, pode causa do impulso do Papa Francisco. 

Em suas palavras, ele lembrou uma frase que disse na época, que ele mesmo afirmou não ter entendido. Nela, ele destacou que “a Rede Eclesial Pan-Amazônica é a resposta de Deus às necessidades profundamente sentidas da presença da Igreja na Amazônia”.

O Cardeal salientou que isso tem sido capaz de motivar um trabalho de resposta que Deus nos dá através desta Rede Eclesial Pan-Amazônica. 

“Naquela época, ninguém imaginava que em 2019 teríamos a experiência de um Sínodo sobre a Amazônia, nem o trabalho realizado pela REPAM no processo sinodal”, que o presidente da REPAM define como uma experiência única e sem precedentes.

O Arcebispo de Huancayo afirmou: “estamos agora trabalhando muito próximo desde Manaus, no coração da Amazônia, e isto definitivamente abre a possibilidade de olhar com esperança para o futuro próximo, tanto da REPAM como da CEAMA (Conferência Eclesial da Amazônia), para a Assembleia Eclesial de Aparecida, e em breve, para todos os preparativos para o Sínodo sobre a Sinodalidade em 2023”.

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