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Mesmo com privações, missionário é feliz, afirma bispo

Dom Braschi destaca que, mesmo com uma vida marcada por privações e às vezes até perseguições, o missionário sente liberdade interior e grande alegria

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Dom Sérgio Braschi (ao centro) durante apresentação da Campanha Missionária 2014 / Foto: Arquidiocese de Brasília

Luciane Marins
Da redação

A Igreja em todo mundo dedica o mês de outubro às missões. Ocasião para despertar a consciência e as vocações missionárias. Dom Sérgio Braschi, presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária da CNBB, é quem fala sobre o tema no Canção Nova em Foco desta semana.

O missionário não é somente aquela pessoa que deixa sua terra natal e vai para um outro país ou continente onde o Evangelho não é conhecido. Dom Braschi explica que os missionários com essa vocação específica são chamados ad gentes (para as nações), porém, ele destaca que toda Igreja é missionária, ou seja, todos os fiéis, pelo batismo e pelo crisma, tornam-se missionários.

O secularismo, realidade que tem se mostrado geral em todo mundo, é apontado pelo bispo como uma das grandes dificuldades enfrentadas pelo missionário ad gentes.

Embora, muitas vezes, seja uma vida marcada por privações, pobreza e em alguns casos até por perseguições, Dom Braschi destaca que o missionário é uma pessoa feliz.

“Sente uma liberdade interior e uma grande alegria, um entusiasmo. Hoje com as redes sociais a gente está diariamente tendo ressonância disso.”

Ouça íntegra da entrevista

Na mensagem para o Dia Mundial das Missões, que será celebrado neste domingo, 19, o Papa Francisco chama atenção justamente para a alegria dos que se colocam a disposição para anunciar o Reino de Deus. “O Papa Francisco tem insistido que devemos viver a vida cristã com alegria”, recorda Dom Braschi.

Campanha

cartazA Campanha Missionária deste ano, lançada em 22 de setembro, e realizada durante todo mês de outubro, tem como tema “Missão para Libertar” e lema “Enviou-me para anunciar a libertação”.

Dom Braschi explica que a relação com a Campanha da Fraternidade deste ano, que tratou do tráfico humano, é total. “A Campanha Missionária sempre ecoa a Campanha da Fraternidade. Sobretudo porque esta questão do tráfico humano nos traz uma situação de escravidão moderna, e Jesus veio para libertar os cativos, que estão escravizados. A campanha nos desafia a assumirmos a continuação dessa missão de Jesus, de libertar.”

Para facilitar a participação dos fiéis, a Campanha conta com um livrinho da Novena Missionária e um DVD com testemunhos missionários, enviados para todas as dioceses do Brasil.

Coleta

Todos os anos neste período é realizada a Coleta do Dia Mundial das Missões. Geralmente a iniciativa é feita no penúltimo domingo do mês de outubro, ou seja neste final de semana,18 e 19.

O Bispo explica que o dinheiro arrecadado é enviado para a Santa Sé que o distribui em vista do sustento das atividades de promoção humana e evangelização nos cinco continentes.

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