Com a nova estação, os meses de junho, julho e agosto têm temperaturas mais amenas e o clima mais seco em algumas regiões
Jéssica Marçal
Da Redação
Com a chegada do inverno, temperaturas ficam mais baixas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste / Foto: Marcelo Camargo- Agência Brasil
O inverno começou às 1h24 desta quarta-feira, 21, no hemisfério sul. Nos próximos três meses – junho, julho e agosto – as temperaturas ficam mais amenas e o clima mais seco em algumas regiões.
Segundo a climatologista Renata Tedeschi, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o início do inverno é definido por uma medida astronômica. No caso, em 2017, 1h24 do dia 21 de junho é o horário em que aconteceu a maior angulação do eixo da Terra em relação ao movimento de translação, ou seja, o movimento que ela faz ao redor do Sol.
A média histórica mostra que, no inverno, as temperaturas abaixam mais nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, principalmente no Sul, onde são registradas as maiores quedas. Nas demais regiões, Norte e Nordeste, as temperaturas não variam muito ao longo do ano.
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Com relação às chuvas, nessa época não se espera grandes acumulados nas regiões Centro-Oeste e Sudeste, onde o inverno costuma ser um período de seca. Já no Sul chove o ano todo, sem previsão de um acumulado no inverno em relação às demais regiões. No Leste e Nordeste, os meses de junho, julho e agosto constituem estação chuvosa, portanto, historicamente, espera-se para esse período grandes acumulados de chuva.
Renata informou que no final do mês passado foi gerada uma previsão para os meses de junho, julho e agosto. Essa previsão apontava chuvas abaixo da média no leste do Nordeste e norte do Norte. “O que é preocupante pro Leste do Nordeste, porque essa estação é a estação que chove lá. Tendo chuvas abaixo da média, vai ter menos água nos reservatórios”.
Para a região Sul, os modelos não indicaram padrão bem estabelecido, mas pela média histórica a previsão indica que deve-se ficar dentro da normalidade, com tendência de ser acima da normalidade.
Renata acrescentou que para esse ano não há previsão de temperaturas mais frias do que a média, mas isso não impede que tenha uma massa de ar muito frio levando a temperaturas extremas. “Não há nenhum indicativo, por exemplo, que esse inverno vai ser mais frio do que ano passado. Porque ano passado a gente teve extremos muito fortes de temperatura mínima, sendo que em alguns casos os maiores extremos aconteceram em algumas cidades do Sul e Sudeste”
Fenômenos meteorológicos
Nessa época do ano, o principal fenômeno meteorológico são as frentes frias, que podem trazer chuvas. “No inverno, normalmente, essas frentes frias estão associadas a massas de ar mais frio, então após a passagem de frente, a gente vai ter uma queda de temperatura”, disse Renata.
Além da frente fria, observa-se no inverno as chamadas inversões térmicas, que causam nevoeiros e neblinas e permanecem no período da manhã.
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