Sentença

Ex-governador do Rio, Sérgio Cabral é condenado a 45 anos de prisão

Sentença final da Operação Calicute também condenou outras 11 pessoas, entre elas a esposa de Cabral

Da Redação, com Agência Brasil

O ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral
/Foto: Antônio Cruz/Arquivo/Agência Brasil

O ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, foi condenado a 45 anos e dois meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Cabral, sua mulher, Adriana Ancelmo, e mais 10 pessoas foram condenados na sentença final da Operação Calicute, desdobramento da Operação Lava Jato, proferida na noite desta quarta-feira, 20, pelo juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal.

Ao dar a sentença, o juiz considerou como agravante o fato de Cabral ter sido o líder da organização criminosa, utilizando a autoridade conquistada para oferecer vantagens em troca de dinheiro. Sobre Adriana Ancelmo, Bretas a considerou mentora dos esquemas ilícitos, ao lado do marido, tendo sido diretamente beneficiada com as práticas criminosas.

O advogado Rodrigo Roca, que representa Cabral, divulgou vídeo em que classifica a sentença como uma violência ao estado democrático de direito e adiantou que apelará à instância superior. Já a defesa de Adriana Ancelmo informou que ainda estava tomando ciência da sentença.

Cabral já havia sido condenado em junho passado a 14 anos e 2 meses de prisão pelo juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba. A sentença foi proferida pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro (12 vezes) em processo a que ele respondia no âmbito da Operação Lava Jato.

Além de Cabral e Adriana Ancelmo, condenada a 18 anos e três meses de reclusão, outros condenados foram: Wilson Carlos, secretário de Cabral (34 anos de prisão), Hudson Braga (27 anos de prisão), Carlos Miranda (25 anos de prisão), Luiz Carlos Bezerra (seis anos e seis meses de prisão), Wagner Jordão Garcia (12 anos e dois meses de prisão), Paulo Fernandes Pinto Gonçalves (nove anos e quatro meses de prisão), José Orlando Rabelo (quatro anos e um mês de prisão), Luiz Paulo Reis (cinco anos e dez meses de prisão), Carlos Jardim Borges (cinco anos e três meses de prisão) e Luiz Alexandre Igayara (seis anos de prisão). Este último, por ter feito delação premiada terá a pena convertida em regime semi-aberto e prestação de serviços.

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