Quinta-feira Santa

Em Missa do Crisma, bispo afirma que padre deve ser homem de oração

Dom João Inácio lembrou a vocação sacerdotal, aqueles que receberam o sacramento da ordem para exercer um ofício de amor em favor do povo de Deus

Kelen Galvan
Da redação

Dom João Inácio Müller presidiu a Missa do Crisma na Diocese de Lorena (SP) / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Nesta Quinta-feira Santa, 18, os sacerdotes de todo o mundo renovam suas promessas sacerdotais. Neste dia acontecem duas celebrações importantes, a Missa do Crisma, na qual são abençoados os Santos Óleos, utilizados nas paróquias durante o ano todo, e à noite, a Missa da Ceia do Senhor, que celebra a instituição da Eucaristia.

Na diocese de Lorena (SP), a Missa do Crisma foi presidida pelo bispo Dom João Inácio Müller, e concelebrada pelo bispo emérito, Dom Benedito Beni dos Santos, e os sacerdotes das paróquias locais.

Na homilia, Dom João destacou a missão de Jesus de anunciar a boa nova e libertar os oprimidos. “No tríduo santo, Jesus vai realizar o último ato deste programa enunciado em Nazaré. Da sua entrega, do seu amor afirmado até morte, vai nascer o Reino de homens novos, livres, onde todos serão irmãos no amor. Grande desejo de Jesus proclamado em Nazaré e consumado com sua paixão, morte e ressurreição”, destacou.

O bispo lembrou que o Papa Francisco disse hoje que todos são chamados e enviados para ungir, a começar por essas pessoas, que foram citadas por Jesus em Nazaré (cf. Lc 4, 16 -21).

“Ungimos, sujando as nossas mãos ao tocar as feridas, os pecados, as amarguras do povo; ungimos perfumando as nossas mãos ao tocar a sua fé, as suas esperanças, a sua fidelidade e a generosidade sem reservas da sua doação (…) Aquele que aprende a ungir e a abençoar fica curado da mesquinhez, do abuso e da crueldade”, disse o Papa Francisco, na Missa do Crisma, no Vaticano.

“A vocação de cada presbítero brota do coração de Deus. Não é um projeto pessoal, mas de Deus e como tal deve ser vivido”, destacou Dom João / Foto: Reprodução TV Canção Nova

Dom Inácio explicou que todos, pelo batismo, tem a igual missão de seguir Jesus Cristo e construir o Reino de Deus que Jesus anunciou e instaurou. E lembrou que na Igreja, a serviço do Reino, existe o sacerdócio ministerial, que receberam o sacramento da ordem para exercer um ofício de amor em favor do povo de Deus.

“A vocação de cada presbítero brota do coração de Deus. Não é um projeto pessoal, mas de Deus e como tal deve ser vivido. Vivido na gratidão, entrega e reverência”, destacou o bispo.

Ele agradeceu a Deus pelos presbíteros da diocese e lembrou das dificuldades e desafios enfrentados por cada um deles para perseverar na vocação e exercer a missão que lhes foi confiada.

“Cada um foi ungido por Deus para a missão de espalhar, ungir, entregar-se, como o Senhor”, afirmou Dom João.

O bispo disse ainda que o sacerdote nunca deve colocar em primeiro plano a sua pessoa, nem suas opiniões, mas sempre Jesus Cristo. “Como dócil instrumento o nas mãos do Bom Pastor, o sacerdote vai apontar sempre para o Senhor. Por isso, o sacerdote é homem de oração. É impossível um sacerdote se manter firme sem a oração. É impossível que seu trabalho dê frutos bons sem a oração. A própria Igreja não pode viver sem oração, porque a oração é a respiração da Igreja e também da vida presbiteral”, enfatizou.

Ele afirmou que a vida espiritual cultiva aumenta a generosidade pessoal, a docilidade e alegria, e dá a força interior que cada um necessita para viver a própria vocação.

Dom João lembrou que cada padre deve ter claro que, no dia de sua ordenação sacerdotal, foi chamado a ser presbítero e a fazer parte da família presbiteral. “No dia da ordenação começou a correr nas veias do novo padre, o sangue do presbitério. Convido-os a cultivar sempre mais o sentido da pertença a esse presbitério, no qual todos somos responsáveis uns pelos outros”.

Ainda nesta celebração, o bispo de Lorena abençoou os Santos Óleos, que serão utilizados ao longo do ano nos sacramentos do Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.

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