56ª Assembleia Geral da CNBB

Dom Paulo Mendes comenta habeas corpus de bispo de Formosa

Dom Paulo Mendes Peixoto e Dom José Aparecido foram nomeados pelo Papa Francisco para atuar na Diocese de Formosa

Denise Claro
Da redação

Nesta terça-feira, 17, foi concedido ao bispo da Diocese de Formosa, Dom José Ronaldo Ribeiro o habeas corpus para que possa responder às acusações em liberdade.

A CNBB realizou uma transmissão ao vivo pelo Facebook com Dom Paulo Mendes Peixoto, arcebispo de Uberaba (MG) e administrador apostólico de Formosa, e Dom José Aparecido, bispo auxiliar de Brasília designado para as celebrações da Semana Santa em Formosa, comentando a situação da diocese e a soltura do bispo.

 

Dom Paulo Mendes falou primeiramente de sua nomeação e disse que a vê como um serviço prestado, e que o serviço de administração apostólica é para assegurar que a vida da Igreja continue. “A Igreja de Formosa precisava desta visita”.

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Sobre o habeas corpus concedido a Dom José Ronaldo Ribeiro, o arcebispo afirmou: “Estamos vivendo um novo momento, hoje com a notícia da soltura daqueles que estavam presos.”

Dom José Aparecido se disse surpreendido pela notícia: “Nos alegramos muito com essa notícia do habeas corpus, porque é um irmão nosso que estava encarcerado, e nos alegramos que ele possa responder às acusações em liberdade.”

Dom José explicou que a visita deles à diocese não representa nenhum juízo de culpa, mas é uma visita para poder oferecer ao Santo Padre e à Congregação para os Bispos instrumentos de avaliação e apreciação da atividade pastoral de Dom José Ronaldo na diocese, a partir de algumas queixas, e confirmou que inclusive esta visita já estava decidida antes mesmo das prisões.

“O Código de Direito Canônico como qualquer ordenamento jurídico que preze os direitos humanos parte da presunção de inocência de qualquer pessoa. E é com esse sentido da presunção de inocência de Dom José Ronaldo que nós vamos trabalhar na visita apostólica para averiguar os fatos e oferecer ao Santo Padre um relatório.”

Semana Santa

Dom José partilhou sua experiência de celebrar a Semana Santa na Diocese de Formosa, e se disse surpreso por ver um povo fervoroso, que mesmo durante a semana, lotou as missas.

“É um povo que está sentido, mas permanece de cabeça erguida. E a gente está lá dizendo: A Igreja não parou por causa disso. A gente costuma dizer que a Igreja é santa e pecadora, precisamos reconhecer que há fraquezas, que há erros.”

Visita na prisão

Dom Paulo Mendes falou sobre a visita que fez a Dom José Ronaldo e aos outros na prisão:

“Estive quinta-feira passada porque era o dia de visitas, depois de cumprir todos os protocolos, consegui entrar juntamente com um padre e dois leigos. Eu vivi um sentimento estranho de estar em uma penitenciária onde um bispo estava preso, padres, leigos. Mas senti eles com muita expectativa, querendo se explicar. Eles me disseram lá que estavam unidos, rezando juntos, de cabeça erguida, e o que mais pesava era o lado moral, sua imagem na mídia.”

Ao todo são, além de Dom José Ronaldo, sete pessoas presas na operação: cinco padres, e dois leigos.

“Estamos com nosso irmão e estamos com a verdade que pode aparecer.”, concluiu Dom José.

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