Em prol dos pequeninos

Coordenadora da Pastoral da Criança comenta projetos para 2017

No Dia Nacional da Pastoral da Criança, coordenadora do órgão comenta trabalho dos voluntários e expõe projetos para 2017

Monique Coutinho
Da redação

Nesta segunda-feira, 5, é celebrado o Dia Nacional da Pastoral da Criança. O organismo faz parte da ações sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e está presente em 3.600 municípios, 6.000 paróquias brasileiras e 17 países da África, Ásia, América Latina e Caribe.

A missão principal da equipe é levar a vida plena a todas as crianças, desde o ventre materno até os seis anos incompletos.

O órgão é composto por 174 mil voluntários que atendem mensalmente cerca de 1,3 milhão de crianças espalhadas pelo Brasil. Além das crianças, outras 856 famílias e 58 mil gestantes também são atendidas pela Pastoral.

Visitas domiciliares

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Coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, Ir. Veneranda Alencar / Fonte: Acervo da Pastoral da Criança.

De acordo com a coordenadora Nacional da Pastoral da Criança, irmã Veneranda Alencar, o trabalho exercido pelos voluntários do grupo parte de visitas domiciliares nas quais as famílias são orientadas sobre saúde, educação, cidadania e bem-estar.

“Além disso, mensalmente, eles [agentes pastorais] passam nas casas dessas famílias cadastradas e as reúnem para uma atividade denominada ‘celebração da vida’, onde é o momento que a comunidade celebra os avanços das crianças, como aumento de peso da criança e o desenvolvimento”, afirma.

Todo cuidado começa na gestação

A responsável explica que o acompanhamento começa ainda na gestação e desde então a família é orientada e acompanhada, aprendendo, assim, a cuidar melhor dos filhos.

“Começamos o acompanhamento com a criança no ventre materno e vai até seis anos incompleto. A família é a primeira beneficiada com as orientações”. 

Benefícios

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Atendimento dos voluntários da Pastoral da Criança nas casas de família / Fonte: Acervo da Pastoral da Criança.

A Pastoral da Criança oferece vários benefícios para as crianças, como apoio, orientações familiares e auxílio nutricional. O órgão está sempre atrás das famílias mais necessitadas, buscando-as em postos de saúde para, possivelmente, detectar crianças com pouca oportunidade.

Para ser beneficiado pelo organismo, a coordenadora expõe que é preciso fazer um cadastro através dos líderes presentes nos bairros e comunidades. Cada agente pode cadastrar de oito a dez famílias, para não haver excessos.

“Os líderes são voluntários, por isso é bom que não tenha um grupo com grande quantidade de pessoas, para que ele possa fazer uma boa visita mensalmente e exercer melhor a sua função”. 

Desafio

Atualmente, a coordenadora expõe que diante da realidade vivida pela Pastoral da Criança o maior desafio do órgão é atrair novos líderes dispostos a colaborar com o outro. “Não estamos conseguindo avançar com relação a isso”, acrescenta a Irmã Veneranda.

Assembleia Geral da Pastoral da Criança

No último mês de novembro, foi realizada a Assembleia Geral da Pastoral da Criança, momento que foi feito um balanço da missão em 2016 e lançados novos projetos para o ano que está por vir. “Uma das novidades seria criar um aplicativo do caderno do líder para facilitar as visitas, porque quando ele visita a família tem perguntas relativas àquela faixa etária da criança. Então, com toda questão tecnológica, que fosse feito um aplicativo para ser mais rápido, acabando com o excesso de papéis”, diz a coordenadora da Pastoral.

Também foi proposto o fortalecimento da participação no controle social, a fim de garantir um pouco mais as políticas públicas.  das políticas públicas. “Nos municípios menores, a gente consegue mais abertura, mas nas capitais temos mais dificuldade”. 

Fundadores

A Pastoral da Criança foi fundada em 1983, na cidade de Florestópolis, Paraná, pela médica sanitarista e pediatra, Dra. Zilda Arns Neumann, e por Dom Geraldo Majella Agnelo. A Pastoral tem como lema “Para que todas as crianças tenham vida em abundância” (Cf. Jo 10, 10).

O órgão luta para reduzir o número de mortalidade infantil e materna e para fazer com que as crianças, mesmo as mais vulneráveis, vivam em um ambiente favorável ao seu redor. 

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