Pandemia

Católicos abrem Casa de Acolhimento em Pernambuco

Casa de Acolhimento e Misericórdia para desabrigados foi aberta em meio à pandemia

Da redação, com CNBB

Casa de Acolhimento e Misericórdia foi aberta em meio à pandemia./ Foto: CNBB

“Cheguei na praça perto da hora do almoço e vi cinco jovens com uma sacola cheia de macarrão, o alimento caiu, espalhou-se no chão, e, ali mesmo, eles começaram a comer”. A imagem dolorosa descrita por Ítalo Maciel, 29 anos, seminarista da Arquidiocese de Olinda e Recife, aconteceu em 16 de março, primeiro dia do decreto do Governo de Pernambuco, que impôs o isolamento social no Estado devido ao novo coronavírus.

A cena chocante inquietou o futuro sacerdote e o fez mobilizar voluntários da Pastoral do Povo de Rua de algumas paróquias, que tiveram o trabalho limitado pela norma estadual. Pouco mais de duas semanas depois de prover refeições diárias aos desabrigados e ouvindo deles a necessidade de ter um lugar para viver com dignidade e menos riscos de contrair a Covid-19, o grupo abriu a Casa de Acolhimento e Misericórdia.

O espaço, que “é mais do que um abrigo, é um lar onde todos vivem em família”, como Ítalo reforça, funciona desde o dia 1º de abril, em uma casa alugada no bairro de Afogados, zona oeste da capital pernambucana. O domicílio com capacidade para 16 pessoas tem três quartos, quatro banheiros, sala, capela, cozinha, varanda, quintal e garagem.

Todos os cômodos foram mobiliados com doações da Cáritas Brasileira Nordeste 2, Paróquia Santo Antônio dos Prazeres, Comunidade Obra de Maria e da Prefeitura do Recife. A alimentação, neste primeiro mês, foi garantida pela Paróquia Nossa Senhora da Paz, território no qual a casa está localizada, e pelo projeto Tribunal Solidário do Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE).

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