CN em Foco

Bispo destaca contribuição do Papa para o ecumenismo

“O Papa nos sensibiliza muito para essa abertura, esse encontro, para que juntos possamos não medir esforços na superação dos grandes problemas”

Luciane Marins
Da Redação

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Papa Francisco e Patriarca Bartolomeu I durante visita do Papa à Terra Santa em maio deste ano

O Papa Francisco iniciou nesta sexta-feira, 28, uma viagem à Turquia, que terá o ecumenismo como caráter predominante. No Canção Nova em Foco desta semana, conversamos com Dom Benedito Araújo, membro da Comissão Episcopal para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB.

O Bispo explica o que representa essa viagem para o ecumenismo, fala sobre as contribuições específicas que o Papa tem dado ao tema e sobre como os fiéis podem dar um bom testemunho no dia a dia diante de pessoas que professam credos diferentes.

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O Papa Francisco é o quarto Pontífice a visitar o País. Tradicionalmente, no dia 30 de novembro, festa litúrgica de Santo André, irmão de São Pedro, e Padroeiro do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, a Santa Sé, envia uma delegação à Turquia, gesto retribuído pelo Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, que envia uma delegação ao Vaticano por ocasião da Festa dos Apóstolos Pedro e Paulo no dia 29 de junho.

“Eu acredito que a viagem do Papa à Turquia revitaliza tudo que já foi construído, os passos dados, em busca desse caminhar junto”, destaca Dom Benedito.

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Dom Benedito Araujo, Bispo de Guajará Mirim (RO), membro da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da CNBB

Para o Bispo, Francisco tem se demonstrado “muito carismático” no relacionamento com as pessoas, inclusive com as que professam fé diferente, o que segundo ele, é significativo em busca de um trabalho conjunto na construção da paz, justiça e solidariedade.

“Nesse sentido o Papa nos sensibiliza muito para essa abertura, esse encontro, para tomar consciência dos clamores da humanidade, e para que juntos possamos não medir esforços na superação dos grandes problemas.”

Dom Benedito defende que a educação ocupa um papel central nesse caminho do diálogo, tanto ecumênico como inter-religioso. Ele explica que quando se parte da esfera educativa, se alimenta uma maior sensibilidade, espírito de escuta, acolhida e reconhecimento do outro.

“A partir deste princípio norteador, que é o educativo, você é capaz de se abrir para o diferente e não se assustar diante daquilo que é possível compreender do mistério do outro.”

Além da educação, o Bispo incentiva cada Igreja particular, cada região do Brasil, enfim, cada cristão a se perguntar: “o que Espírito quer de nós no mundo de hoje?” E a partir deste questionamento buscar meios para trabalhar na unidade.

“Se o credo nos distancia, o bem comum deve nos unir e é em torno disso que nós devemos nos tornar arautos do Reino. Alguns passos estão sendo dados por parte da Igreja no Brasil, mas também depende de cada um.”

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