Coletiva do sexto dia da 56ª Assembleia Geral dos Bispos teve a participação de Dom Fernando Saburido, Dom Roberto Ferrería Paz e Dom Severino Clasen
Denise Claro
Enviada à Aparecida (SP)
Na tarde desta segunda-feira, 16, foi realizada a quarta coletiva de imprensa da 56ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil. Estavam presentes, além de Dom Darci José Nicioli, Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Comunicação e mediador na coletiva, Dom Fernando Saburido, Arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dom Roberto Ferrería Paz, bispo de Campos (RJ), e Dom Severino Clasen, bispo de Caçador (SC) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Laicato.
A coletiva abordou o projeto Pensando o Brasil: “O Estado Laico”, a realização do Ano do Laicato e o 18º Congresso Eucarístico Nacional.
Dom Fernando foi o primeiro a ter a palavra, e afirmou que é uma alegria para a Arquidiocese de Olinda e Recife (PE) receber o Congresso Eucarístico, que acontecerá de 12 a 15 de novembro de 2020.
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“Recife é uma cidade de muitas diversidades. É um privilégio estar pela segunda vez recebendo o Congresso. As comissões já estão formadas, estamos trabalhando desde o ano passado e nos reunimos mensalmente para acompanhar o andamento da organização. Ao todo são 12 comissões. O tema do CEN será ‘Pão em todas as mesas’ e o lema ‘Repartiam o pão com alegria e não haviam necessitados entre eles’.”
Foi apresentado um vídeo sobre a Organização do 18º CEN. O Arcebispo falou ainda sobre a tradição de uma coleta nacional para ajudar financeiramente na realização do congresso, que já foi aprovada, ainda para este ano.
Estado Laico
Dom Roberto Paz apresentou o Projeto Pensando o Brasil, que nesta quinta edição tem como tema “O Estado Laico”.
O bispo explicou a diferença entre uma laicidade negativa de uma positiva, afirmando que enquanto uma laicidade negativa é de combate, quer eliminar o fenômeno religioso, uma laicidade positiva é aberta, inteligente, e possibilita a participação da Igreja no Estado Laico, porque ambos querem defender o bem comum do cidadão. Se vivida de uma forma positiva, abre espaço para que todas as religiões colaborem.
“O que vai definir a laicidade positiva vai ser a indispensável presença dos leigos no mundo, na sociedade, porque onde não há um laicato forte, com identidade, com vocação, o laicismo toma conta.”
Ano do Laicato
Dom Severino Claisen falou sobre o Ano do Laicato, que vai até o dia 25 de novembro deste ano.
O bispo reforçou que o objetivo do Ano do Laicato é despertar os cristãos leigos e leigas quanto à sua identidade, vocação, espiritualidade e missão, incentivando ao compromisso como testemunhas do Evangelho e como membros efetivos da Igreja, participando da vida eclesial e da ação pastoral:
“Estamos percebendo que é preciso redimensionar a missão do leigo. Que ele atue não somente internamente, na Igreja, na vivência dos sacramentos, mas também é preciso criar um espírito de dimensão social, onde os cristãos vivem no dia-a-dia, é ali que precisam ser presença, nos conselhos humanitários, nas decisões sociais.”
Dom Severino apresentou a proposta da semana missionária que acontecerá no mês de julho, em que serão trabalhados temas como a Igreja em Saída, e a missão dos leigos no mundo do trabalho, na política, na comunicação, na educação, na cultura e no cuidado com a “Casa Comum”.
“É importante este trabalho porque percebemos que as pessoas perderam o sentido da vida, são muitas as que tiram suas vidas, a depressão é a doença do século, se perdeu a alegria de viver. Por isso essa semana missionária, em que a temática é uma Igreja que se faz luz na família e no mundo”, afirmou o bispo.