DIA DE SÃO JOÃO

Artistas falam sobre evangelização com elementos culturais nordestinos

No dia de São João, conheça como evangelizar por meio de algumas manifestações culturais nordestinas, pela óptica de uma cordelista e um sanfoneiro

Huanna Cruz
Da Redação

Foto: BGStock72

As manifestações culturais que mais se destacam na região nordeste do Brasil são: festas juninas, Reisado, poesia popular, artesanato, capoeira, frevo, culinária e muitas manifestações religiosas cristãs.

As Festas Juninas são marcadas por festividades ao longo de todo o mês de junho, sendo caracterizadas por comidas típicas, muitas delas à base de milho e amendoim. Possuem danças tradicionais (como a quadrilha), fogueiras e são decoradas com bandeirolas. As pessoas presentes costumam usar roupas que se associam com vestimentas caipiras, como camisas xadrez. Entre as manifestações musicais se encontra o forró, com seus típicos sanfoneiros.

Para o sanfoneiro e fundador do Ministério Familiar, Geraldo José da Silva, teve sua primeira experiência no forró católico em 2013 no Forronaré. Para ele, o desafio do forró católico é  introduzir a evangelização nesse ritmo tão popular. “O ritmo é o mesmo, mas a letra a ser cantada tem que levar as pessoas a sentir a profunda presença de Jesus. E aqui está o desafio: um músico católico não pode falar do forró por falar, mas mostrar para as pessoas que resolveram viver sua vida em Deus”, explica.

Leia mais
.: Artistas usam elementos da cultura do Nordeste para evangelizar

Outra manifestação muito popular é o cordel, que são folhetos com dizeres e poemas populares escritos em forma de rima. Originalmente eles eram pendurados em cordas ou córdeis, dando origem ao nome. As histórias são plurais e, geralmente falam sobre questões presentes no cotidiano, utilizando do humor e da ironia para compor os versos. Além disso, muitos deles são ilustrados com xilogravuras, uma técnica em que os artesãos gravam as figuras em madeira que, posteriormente, são passadas para o papel.

Evangelizar por meio do cordel

“Eu sempre gostei de rimas e de música”, afirma a cordelista Tamara Cristina Guiraldelo, “e particularmente o cordel sempre me encantou, a sonoridade fácil, o ritmo… É para mim uma forma envolvente e cativante, que fica marcada nas pessoas. Foi um meio criativo que encontrei para falar sobre os santos e a Igreja”.

Para Tamara, o cordel pode alcançar pessoas que em um primeiro momento não poderia. “Ele é como uma porta de entrada na evangelização. Eu gravo os vídeos e eles chegam a pessoas que gostam daquilo e que muitas vezes não sabem a histórias dos santos, da Igreja, mas se sentem atraídas pelo cordel”, comenta a cordelista.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo