Nobre e amável

Em celebração no Vaticano, Papa expressa gratidão a Bento XVI

Francisco presidiu as Primeiras Vésperas e Te Deum em ação de graças pelo ano; na homilia, fez uma menção a Bento XVI, que faleceu hoje

Jéssica Marçal
Da Redação

Papa Francisco durante celebração das vésperas no Vaticano / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

O Papa Francisco presidiu, neste sábado, 31, as Primeiras Vésperas da Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e Te Deum em Ação de Graças pelo ano que passou. Em sua homilia, recordou com carinho e gratidão seu predecessor, o Papa Emérito Bento XVI, que morreu nesta manhã. Cerca de oito mil fiéis estavam presentes na Basílica de São Pedro.

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Francisco falava sobre gentileza, que foi o ponto central de sua homilia nesta celebração. Disse que logo vem à mente a figura do Papa Emérito. “Com comoção, recordamos a sua pessoa tão nobre, tão amável.”

O Santo Padre falou sobre Bento XVI com gratidão. “Sentimos no coração tanta gratidão: gratidão a Deus por tê-lo doado à Igreja e ao mundo; gratidão a ele, por todo o bem que realizou e, sobretudo, pelo seu testemunho de fé e de oração, especialmente nestes últimos anos de vida retirada. Só Deus conhece o valor e a força da sua intercessão, dos seus sacrifícios oferecidos pelo bem da Igreja”.

O dom da gentileza para o mundo

Dando continuidade à homilia, o Papa lembrou o modo que Deus escolheu para vir ao mundo – por meio da maternidade de Maria. Um estilo do qual derivam várias virtudes humanas, sendo uma delas a gentileza.

Celebração foi na Basílica de São Pedro / Foto: Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

Francisco ressaltou que a gentileza é um fator importante da cultura do diálogo, e este é indispensável para viver em paz. A gentileza é uma virtude a ser recuperada e exercitada, defendeu o Pontífice, para ir contracorrente e humanizar a sociedade. É também um antídoto conta algumas patologias, como o individualismo, a crueldade e a ansiedade.

“Queridos irmãos e irmãs, penso que resgatar a gentileza como virtude pessoal e cívica pode ajudar não pouco a melhorar a vida nas famílias, nas comunidades e nas cidades. (…) A experiência ensina que ela, ao se tornar um estilo de vida, pode criar uma convivência saudável, pode humanizar as relações sociais dissolvendo a agressividade e a indiferença.”

Francisco concluiu a homilia convidando os fiéis a olharem para o ícone da Virgem Maria, deixando-se maravilhar pela escolha de Deus, pelo modo como quis vir ao mundo.

“Não passemos apressados, paremos para contemplar e meditar, porque aqui está um traço essencial do mistério da salvação. E procuremos aprender o “método” de Deus, o seu respeito infinito, por assim dizer a sua ‘bondade’, porque na maternidade divina da Virgem está o caminho para um mundo mais humano.”

Ao final da celebração, Papa Francisco visitou, como de costume, o presépio montado na Praça São Pedro. 

Papa reza diante do presépio na Praça São Pedro / Foto: REUTERS/Guglielmo Mangiapane

 

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