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CNBB recorda Bento XVI, Papa emérito, como pastor e teólogo

Nota de pesar da CNBB frisa a contribuição deixada por Bento XVI para a Igreja

Da Redação, com CNBB

Bento XVI, Papa emérito, morreu hoje aos 95 anos / Foto: REUTERS/Max Rossi/File Photo

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou neste sábado, 31, uma nota de pesar e esperança pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI. Na nota, os membros da presidência da entidade destacam o legado e as contribuições de Bento XVI para a Igreja.

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“Como teólogo, bispo e Papa, ele nos deixou um grande legado, onde se destacam o amor pela Igreja e a preocupação pelos rumos do mundo. Em seu pontificado, escreveu três encíclicas para as quais somos convidados a nos voltar com dedicação ainda maior, não apenas em razão de sua morte, mas, acima de tudo, pela mensagem que estas cartas nos trazem”, destaca um trecho da note.

Leia, na íntegra, a seguir:

“Eu sou a Ressurreição e a Vida!” (Jo 11,25)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil agradece ao Bom Deus pela vida, o testemunho e os ensinamentos do Papa Bento XVI.

Como teólogo, bispo e Papa, ele nos deixou um grande legado, onde se destacam o amor pela Igreja e a preocupação pelos rumos do mundo. Em seu pontificado, escreveu três encíclicas para as quais somos convidados a nos voltar com dedicação ainda maior, não apenas em razão de sua morte, mas, acima de tudo, pela mensagem que estas cartas nos trazem.

No Natal de 2005, na encíclica Deus é Amor, conclamou o mundo a contemplar Jesus Cristo e reconhecer o amor como o grande critério a julgar todas as relações, gerando solidariedade, caridade e fraternidade.

Recordou-nos, em 2007, que este amor é fonte de esperança: “graças à qual podemos enfrentar o nosso tempo presente, o qual, embora custoso, pode ser vivido e aceite, se levar a uma meta e se pudermos estar seguros desta meta, se esta meta for tão grande que justifique a canseira do caminho”.

Falando sobre o desenvolvimento humano integral, em 2009, lembrou-nos que este só efetivamente acontece quando construído na caridade e na verdade. Por isso, destacou que “defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade”.

Bento XVI foi um pastor e teólogo. Na vida, buscou conciliar fé e razão, justiça e caridade, temas recorrentes do seu magistério. Com a renúncia, trilhou o caminho da humildade e na emeritude ensinou a como nos preparar para o encontro definitivo com o Senhor.

Às portas de celebrarmos a Solenidade da Santa Mãe de Deus, Maria, e mais um dia de oração e compromisso pela paz, a CNBB pede que o Deus da Vida acolha o Papa Bento XVI em Sua paz e dê ao mundo a graça de incansavelmente trabalhar pela união, a paz e o bem comum.

Brasília-DF, 31 de dezembro de 2022

Dom Walmor Oliveira de Azevedo
Arcebispo de Belo Horizonte (MG)
Presidente da CNBB

Dom Jaime Spengler
Arcebispo de Porto Alegre (RS)
Primeiro Vice-Presidente da CNBB

Dom Mário Antônio da Silva
Arcebispo de Cuiabá (MT)
Segundo Vice-Presidente da CNBB

Dom Joel Portella Amado
Bispo auxiliar da arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)
Secretário-geral da CNBB

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