CELAM

Jornalismo digital apresenta desafios para mídia católica

"O jornalismo digital apresenta desafios que a imprensa católica não deve esquecer, como a imparcialidade, a acessibilidade, a transparência e a especialização". Foi o que explicou o representante do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais, o sacerdote Ariel Beramendi, no Encontro sobre Imprensa Católica organizada pelo CELAM (www.celam.org) em Bogotá, na sede da Conferência Episcopal.

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No encontro, realizado na Casa de Retiros da Conferência Episcopal Colombiana, participaram comunicadores de 17 países do continente americano.

Padre Ariel, tomando como fundo o estilo jornalístico da BBC, estabeleceu alguns critérios do jornalismo digital aplicáveis aos meios católicos: "A informação deve ser sempre imparcial, precisa, transparente, responsável e independente. Imparcial para refletir fatos e idéias de forma equilibrada e imparcial e precisa para "obter os dados corretos, as fontes, a verificação". O sacerdote acrescentou: "Também é necessária transparência, que se concretiza em um tratamento justo e no respeito a povos e culturas unida à responsabilidade ou respeito pela audiência com conteúdos dignos e à independência, que consiste em ir mais além de pressões políticas e comerciais".

"É preciso produzir a informação em função das necessidades da audiência e ter em conta que os melhores sites web fazem só uma coisa e se especializam nisso", explicou. "É preciso conceber a web como uma plataforma e ser consciente de que sua web não é a única, conceber a web como um diálogo".

"A acessibilidade é imprescindível, assim, as páginas devem ser leves. É preciso ainda motivar os usuários a fazerem parte de seu site, disponibilizando recursos como rss, links e mapas", disse.

Para o Padre Ariel Beramendi, boliviano e licenciado em comunicação, é importante "ter uma clareza sobre as políticas de participação, por exemplo, nas discussões que podem afetar a imagem do site e, sobretudo, tratar com cuidado os dados das pessoas que participam no site, procurando que não seja invasivo, mas elegante e transparente".

Ele advertiu: "Os que trabalham no mundo das comunicações sociais, da imprensa, da informação, publicidade, relações públicas, desenho gráfico não devem deixar que a 'luz' das novas tecnologias de comunicação cegue o olhar global à realidade com a qual queremos comunicar".

"Se aceitarmos que formamos parte da cultura digital, não haverá problema em admitir que vivemos na era da informação, ou seja, uma sociedade onde o novo elemento de poder é o controle da informação, onde o acesso ou exclusão a esta informação determina as novas formas de marginalização e pobreza na sociedade", concluiu.

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