"Sede arautos da esperança". Esta foi a exortação dirigida por Bento XVI aos Bispos das Antilhas, recebidos nesta segunda-feira, na conclusão da visita "ad limina". Evocando o tempo pascal que estamos vivendo, o Papa sublinhou que Jesus nos indica o caminho para além da morte e mostra-nos como superar o medo. Ele é o verdadeiro mestre da vida. A Sua luz ilumina o nosso caminhar.
Bento XVI reconheceu que as comunidades cristãs das Antilhas, cujos fiéis, de alma profundamente religiosa, que se revelam com tanta "generosidade de coração e abertura de espírito", se vêem contudo confrontadas com influências negativas e destrutivas de vários tipos, no âmbito da indústria dos tempos livres, da exploração do turismo, do negócio de armas e do tráfico de drogas: "influências que, observou, não podem deixar de minar a vida familiar e os próprios alicerces dos valores da cultura tradicional". É perante este panorama preocupante que o Papa convida os Bispos das Antilhas a serem "arautos de esperança".
"Sede testemunhas audaciosas da luz de Cristo, que fornece às famílias orientação e rumo. Pregai incansavelmente a força do Evangelho, que há-de permear o modo de pensar, os critérios de juízo e as normas de comportamento. Confio que o vosso testemunho vivo do extraordinário sim de Deus à humanidade, há-de encorajar os vossos povos a rejeitarem os estilos sociais destrutivos, procurando pelo contrário concretizar na prática a fé, correspondendo a tudo o que produz a vida nova do Pentecostes!".
Uma única Conferência Episcopal congrega os bispos das treze diversas nações das Antilhas, independentes, e ainda os prelados de três Departamentos Ultramarinos franceses (Guadalupe, Guyana Francesa e Martinique), as Antilhas holandesas e ainda seis minúsculas colónias inglesas. Um mosaico de Ilhas e povos de língua inglesa, francesa e holandesa (e respectivos crioulos). Ao todo cinco arquidioceses e 14 dioceses.