Leão XIV participa do Jubileu da Santa Sé nesta segunda-feira, 9, e reflete sobre maternidade de Maria e sua atuação na Igreja em sua homilia
Da Redação, com Vatican News

Papa Leão XIV acena para fiéis durante procissão / Foto: ZUMA Press Wire via Reuters Connect
O Papa Leão XIV participou do Jubileu da Santa Sé nesta segunda-feira, 9. Cardeais, bispos, sacerdotes e leigos estiveram reunidos em um grande encontro de fé, unidade e crescimento espiritual neste Ano Santo.
As atividades jubilares tiveram início na Sala Paulo VI, com a meditação da irmã Maria Gloria Riva, da Ordem das Adoradoras Perpétuas do Santíssimo Sacramento. Em seguida, o próprio Pontífice carregou a cruz do Jubileu em frente à procissão até a Basílica de São Pedro para passar pela Porta Santa. Por fim, ele presidiu a Missa, que teve a participação de cinco mil pessoas segundo a Sala de Imprensa da Santa Sé.
Fecundidade e santidade da Igreja
Em sua homilia, o Santo Padre abordou a memória litúrgica de Maria, Mãe da Igreja, celebrada na segunda-feira após Pentecostes. Recordando a narração da morte de Jesus (Jo 19,25-34), ele destacou como a maternidade de Maria, por meio do mistério da cruz, é associada à morte redentora de Cristo, fazendo com que Nossa Senhora se tornasse a nova Eva.
“A fecundidade da Igreja é a mesma fecundidade de Maria e realiza-se na existência dos seus membros na medida em que eles revivem, em menor dimensão, o que a Mãe viveu, isto é, amam segundo o amor de Jesus. Toda a fecundidade da Igreja e da Santa Sé depende da Cruz de Cristo. Caso contrário, é só aparência, se não pior”, declarou Leão XIV.
Tal fecundidade, prosseguiu, está ligada de forma inseparável à sua santidade, ou seja, à sua conformação com Cristo. “A Santa Sé é santa como o é a Igreja, no seu núcleo original, na fibra de que é tecida”, afirmou o Papa, enaltecendo a importância de contribuir com esta fecundidade por meio do trabalho diário no Vaticano, assim como fazem os sacerdotes no seu ministério e os pais de família com os filhos na busca pela santidade.
“A Sé Apostólica conserva a santidade das suas raízes enquanto é guardada por elas. Mas não é menos verdade que ela vive também na santidade de cada um dos seus membros. Por isso, a melhor maneira de servir a Santa Sé é esforçarmo-nos por ser santos, cada um de nós segundo o seu estado de vida e a tarefa que nos é confiada”, declarou o Pontífice.
Maria, Mãe da Igreja
Na sequência, o Santo Padre citou a presença de Maria junto aos apóstolos no cenáculo (At 1,12-14). Tal episódio, explicou, revela a maternidade de Maria com a Igreja nascente, fruto do mistério pascal sobre a primeira comunidade, que permanece atual em todos os tempos e lugares.
Segundo Leão XIV, Maria é a memória viva de Jesus, um polo de atração que harmoniza as diferenças e que, com a missão materna recebida, está a serviço da comunidade nascente, assim como dos sucessores de Pedro.
“A Santa Sé experimenta de modo muito especial a copresença dos dois polos, o mariano e o petrino. E é o mariano que garante a fecundidade e a santidade do petrino, com a sua maternidade, dom de Cristo e do Espírito”, concluiu.
.: Leia a homilia do Papa Leão XIV na íntegra