Papa pronunciou a homilia, recordando que o Espírito é o motor da nossa vida espiritual, que nos faz ver tudo de maneira nova, segundo o olhar de Jesus
Da Redação, com Vatican News
A missa de Pentecostes, celebrada na Basílica de São Pedro, foi presidida pelo decano do Colégio Cardinalício, cardeal Giovanni Battista Re.
O Pontífice pronunciou a homilia, comentando o Evangelho deste domingo, de modo especial a última frase: “O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome, Esse é que vos ensinará tudo, e há de recordar-vos tudo o que Eu vos disse” (Jo 14, 26).
Colocar-se à escola do Espírito Santo, para que nos ensine tudo: esta foi a exortação do Papa Francisco, na Solenidade de Pentecostes.
Este tudo, pode ser expresso em três dinâmicas: no grande caminho da vida, o Espírito Santo nos ensina por onde começar, que caminhos seguir e como caminhar, explicou o Papa.
O Espírito é o motor da nossa vida espiritual
O ponto de partida é o amor. O Espírito lembra que, sem o amor na base, tudo mais é vão. Ele é o motor da vida espiritual, aquele que alimenta a memória positiva.
Ele ensina a não extirpar as recordações de pessoas e situações que fizeram mal, mas deixá-las habitar pela sua presença. O Espírito cura as recordações, colocando em cima da lista aquilo que conta: a recordação do amor de Deus, o seu olhar pousado sobre a humanidade.
Jamais perder a confiança e recomeçar sempre
Além de recordar o ponto de partida, o Espírito ensina quais caminhos seguir.
“Nas encruzilhadas da vida, o Espírito nos sugere o melhor caminho a seguir, mas para isso é importante saber discernir entre a voz Dele e a do espírito do mal. E nem sempre é a voz que queremos ouvir, pois exige esforço, luta interior e sacrifício”, pontuou.
O maligno se sente à vontade na negatividade, na impaciência, na vitimização e na lamentação. “A inveja entrou no mundo através do diabo”, lembrou o Papa.
“O Espírito Santo, pelo contrário, convida-nos a não perder jamais a confiança e recomeçar”, finaliza.
Rebanho numa pastagem aberta
Por fim, o Espírito ensina à Igreja o modo como caminhar. E este é sempre voltado para fora, para a abertura, para a necessidade vital de sair, a necessidade fisiológica de anunciar, de não ficar fechada em si mesma.
“Irmãos e irmãs, vamos à escola do Espírito Santo, para que nos ensine tudo. Invoquemo-Lo todos os dias, para que nos lembre de começar sempre do olhar de Deus pousado sobre nós, mover-nos nas nossas escolhas escutando a sua voz, caminhar juntos, como Igreja, dóceis a Ele e abertos ao mundo”, exortou.