Coletiva no Vaticano

Dia das Missões: presidente das POM destaca obra de Pauline Jaricot

Pauline Jaricot fundou a Obra de Propagação da Fé; sua vida e obra foram destaque na coletiva de hoje para apresentação do Dia Mundial das Missões 2021

Da Redação, com Boletim da Santa Sé

Coletiva de imprensa na Santa Sé para apresentação do Dia Mundial das Missões 2021 / Foto: Lizia Costa

O Vaticano promoveu uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 21, para apresentar o Dia Mundial das Missões, que será celebrado neste domingo, 24. O tema da data deste ano é “Não podemos deixar de afirmar o que vimos e ouvimos” (At 4, 20). 

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.: Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial das Missões 2021

Participaram da coletiva o prefeito da Congregação para a Evangelização dos Povos, Cardeal Luis Antonio G. Tagle; o presidente das Pontifícias Obras Missionárias (POM), Dom Giampietro Dal Toso, também secretário adjunto da Congregação; e Irmã Alessandra Dalpozzo, Madre Geral das Servas Franciscanas de Maria.

Em sua intervenção, Dom Giampietro Dal Toso lançou o olhar para 2022, um ano comemorativo para as POM. Serão celebrados diversos aniversários ligados ao mundo missionário: 400 anos da Congregação, 200 da fundação da primeira Obra missionária (Obra para a Propagação da Fé) e 100 anos do caráter Pontifício.

Também em 2022, nesse contexto comemorativo, será beatificada em Lyon, na França, a fundadora da Obra de Propagação da Fé, Pauline Jaricot. E foi sobre ela que o bispo centralizou seu discurso.

Pauline Jaricot: a jovem mulher missionária

Dom Dal Toso enfatizou três aspectos que tornam moderna esta jovem lionesa, falecida em 1862. O primeiro deles é que se trata de uma jovem mulher. E se fala amplamente, nestes tempos, da promoção da mulher na Igreja, enfatizou.

O presidente das POM, DOm Giampietro Dal Toso, em coletiva nesta quinta-feira / Foto: Reprodução Youtube – Vatican News

O segundo aspecto é o missionário o que, segundo o bispo, é uma chave de compreensão para entender esta mulher. “A Obra para a propagação da fé, e antes ainda os seus círculos de oração para a missão, o Rosário vivo, a sua tentativa de construir uma fábrica ideal para ir ao encontro das necessidades espirituais e promover a dignidade dos operários da época, tudo foi feito para evangelizar o ambiente francês e para apoiar a missão em um período de forte descristianização após a revolução francesa”.

Dom Giampietro também destacou os frutos da obra da futura beata. “Pauline é uma semente da qual nasceu uma grande árvore. É excepcional não só pela santidade de vida, mas pela grandeza dos frutos do seu trabalho.”

Com a Obra de Propagação da Fé, Pauline colocou em ação um verdadeiro movimento espiritual missionário. Nem mesmo um ano depois de fundada, a Obra foi reconhecida por Pio VII e em 1825 o rei da França a colocava sob sua proteção com uma doação de quatro mil francos. E assim a Obra foi crescendo, sendo essencial para a história das missões nos séculos XIX e XX, pondera o presidente das POM. “Uma jovem de 23 anos colocou em ação algo que nem mesmo ela teria imaginado e de que a Igreja beneficiou e continua a beneficiar”.

Concluindo sua fala, Dom Dal Toso enfatizou que tudo isso foi possível pelo apoio dos Papas, que regularmente promoveram o carisma das Pontifícias Obras Missionárias. “Assim também o Papa Francisco, com a mensagem deste ano”, ressaltou.

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