prefácio

Confissão precisa ocupar um lugar central em nossa vida, diz Dom Parolin

O secretário de Estado escreveu o prefácio do livro “O sacramento da misericórdia. Acolher com o amor de Deus” escrito por Monsenhor Nykiel

Da redação, com Vatican News

Cardeal e secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin / Foto: Vasily Fedosenko – Reuters

“Que o Sacramento da Misericórdia reencontre um lugar central em nossa vida de fiéis, para que a todos seja oferecida a possibilidade de experimentar a grandeza da misericórdia de Deus e a força libertadora do perdão”. É o que escreveu o cardeal secretário de Estado, Pietro Parolin, na apresentação do livro “O Sacramento da Misericórdia. Acolher com o amor de Deus “de autoria do monsenhor Krzysztof Nykiel, regente da Penitenciária Apostólica. O livro, de 360 páginas, é publicado pela Livraria Editora Vaticana.

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Neste livro, o cardeal Parolin afirmou: “os temas da misericórdia, da reconciliação e do perdão são colocados em uma perspectiva teológica, pastoral e educativa: disso sempre se tem necessidade. Este texto pode ser considerado como um bom fruto, amadurecido pela árvore da reflexão e da experiência pessoal, e corroborado por fim pelo salutar vento que soprou com força durante o Ano da Misericórdia do Jubileu”. O convite aos confessores presente no título “acolher com o amor de Deus”, prosseguiu o secretário de Estado, quer ser, em certo sentido, uma resposta às dificuldades pastorais que a celebração do Sacramento da Reconciliação encontrou no passado recente e ainda se encontra na vida dos fiéis. “Um sacramento que, mais do que outros, é muitas vezes menosprezado e subestimado como uma realidade que facilmente não faz falta”.

O cardeal Mauro Piacenza, que como Penitenciário Mor presta seus serviços à Igreja todos os dias ao lado do autor do volume, destacou durante a apresentação do livro que a a obra é uma ajuda para os ministros da reconciliação, mas também é útil para o povo de Deus. Ele enfatiza que os sacramentos são a representação atual da ação salvadora de Cristo e o volume apresenta o Sacramento da Reconciliação conforme é tratado no magistério mais recente, segundo três perspectivas:  canônica-sacramental, teológica-pedagógica e civil-legislativa.

O nascimento da obra “As Obras do Pai”

Em seu testemunho, Claudia Koll, ex-atriz, fundadora e presidente da associação sem fins lucrativos “As Obras do Pai”, recordou quando, em um período em que já havia se reaproximado da fé, sabendo somente trabalhar como atriz e após ter recusado muitos roteiros, resolveu aceitar um papel em uma ficção que lhe garantiu um bilhão de liras antigas. Mas depois de filmar a ficção, ela percebeu que não queria mais frequentar aquele ambiente e também pensou em dar como oferta, no altar das igrejas, o que havia ganho em seu último trabalho.

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“Nesse momento o Senhor me ofereceu a ocasião de testemunhar as obras de caridade dos salesianos do mundo. Com eles fui para a África, conheci crianças que corriam o risco de morrer de fome e vê-las me converteu, porque os pobres te convertem. Eu pensei, não posso mais gastar o dinheiro em carros caros, em uma vida confortável. Seguindo o conselho de uma amiga, entrei no Santuário da Divina Misericórdia, a Igreja de Santo Espírito, na Sassia, e seguindo o testemunho da irmã Faustina Kowalska, decidi confiar no Senhor e me consagrar à Divina Misericórdia. Quem é consagrado deve realizar ao menos uma obra de misericórdia ao dia, e assim fundei a associação Le Opere del Padre”, contou Koll.

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