Primeiro dia de estudo do Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia reuniu bispos, padres e leigos na Arquidiocese de Belém
Da redação
Bispos, padres e leigos reunidos desde quarta-feira, 28, no Centro de Espiritualidade Monte Tabor da Arquidiocese de Belém, em Icoaraci – Belém (PA), iniciaram nesta quinta-feira, 29, o segundo dia da Assembleia de Estudo do Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia. No primeiro dia, padre Oscar Beozzo conversou com os participantes sobre a história dos sínodos na Igreja. Padre Zenildo Lima, de Manaus, e padre Joaquim Alberto, especialista de pastoralidade da UBEC, apresentaram o caminho das escutas sinodais e alguns resultados deste processo que culminou na elaboração do Instrumentum Laboris.
Dom Mário Antônio, bispo de Roraima e segundo vice-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), e monsenhor Raimundo Possidônio, da Arquidiocese de Belém, apresentaram a primeira parte do documento de trabalho e encaminharam os participantes da assembleia para um trabalho em grupo. Durante a tarde desta quarta-feira, 28, os presentes se debruçaram no estudo do documento. De acordo com o cardeal Cláudio Hummes, a Assembleia de Estudo do Instrumentum Laboris do Sínodo para a Amazônia está sendo realizada em todos os países da Pan-amazônia que se preparam para o Sínodo.
“Estamos estudando o instrumento de trabalho que é, na verdade, um texto que ainda será modificado aos poucos e que depois, no próprio sínodo, dará origem a um novo texto”, explicou Dom Cláudio. Dom Neri José Tondello, bispo da diocese de Juína, afirmou que encontros como esse, realizados na reta final do processo de preparação para o sínodo, ajudam na tomada de consciência das responsabilidades dos padres sinodais. “É fundamental essa etapa porque ela nos ajuda a visualizar daqui para frente os passos, os métodos e como será a prática dos dias em que estaremos em Roma. Esses dias preparatórios nos ajudam a ter clareza da missão e da responsabilidade que temos diante deste tema: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”.
Dom Walmor de Oliveira, presidente da CNBB e arcebispo de Belo Horizonte, está presente na assembleia e participará do Sínodo para a Amazônia que acontecerá em Roma entre os dias 6 e 27 de outubro. O arcebispo afirmou que a voz dos bispos da Igreja que estão na Amazônia é a voz da CNBB e destacou que a conferência contribuirá na comunicação, uma vez que os resultados do sínodo serão para toda a Igreja no Brasil e no mundo. “Os temas tratados, os desafios e as exigências existentes precisam ser bem compreendidos no interno da Igreja e fora da Igreja”.
O encontro de estudos do documento de trabalho do Sínodo para a Amazônia segue até esta sexta-feira, 30.