Cardeal brasileiro que irá participar do encontro de proteção dos menores no Vaticano afirma que este problema “precisa ser tocado de frente”
Da redação, com VaticanNews
O prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal João Braz de Aviz, comentou a decisão do Papa Francisco de enfrentar o tema da proteção dos menores.
O Santo Padre convocou para a próxima semana, de 21 a 24 de fevereiro, no Vaticano, os presidentes das Conferências Episcopais de todo o mundo para refletir e traçar linhas de ação comuns a toda a Igreja. Ao todo serão quatro dias de reuniões, com a presença do Papa Francisco.
O cardeal Braz de Aviz irá participar do encontro e afirmou que o seu dicastério está estreitamente ligado à convicção do Papa de que, neste assunto, é preciso “muita clareza e decisão”. “O problema existe e precisa ser tocado de frente”, afirmou.
Leia também
.: Vaticano anuncia como será o encontro sobre proteção dos menores
.: Instituído comitê organizador de encontro sobre proteção dos menores
.: Brasil receberá projeto piloto da Comissão para a Tutela dos Menores
Ele destaca que será um encontro bastante profundo. “Acho que será um momento marcante, também pelos campos: psicológico, antropológico, doutrinal, moral, que serão tocados. Nós entramos nisso enquanto também no meio dos religiosos, dos consagrados, o problema existe. Nós não podemos negar, porque chegam os casos aqui na Congregação”, apontou.
Dom Braz explicou que dentro da própria congregação um dos membros está ligado à Comissão do Vaticano para apurar essas questões, e que o dicastério realmente colabora para o andamento das medidas quanto à proteção dos menores.
“Não nos omitimos, procuramos não nos omitir diante daquilo que compete a nós, este campo dos religiosos e das religiosas, porque o problema não existe só no meio dos homens, mas também no meio das mulheres e a Igreja precisa ser purificada. Acho que quando o Papa insiste nesta questão, é um ponto que precisa ser resolvido e nós precisamos colaborar”, enfatizou.