Segundo o secretário-geral da OMM, 17 dos 18 anos mais quentes pertencem ao século 21; 2017 é considerado o ano mais quente
Da redação, com ANSA
Os três últimos anos foram os mais quentes já registrados, informou nesta quinta-feira, 18, a Organização Meteorológica Mundial (OMM), uma agência especializada da ONU.
De acordo com o relatório, o ritmo do aquecimento global constatado durante este período foi “excepcional”. “Já foi confirmado que os anos 2015, 2016 e 2017, que se inscrevem claramente na tendência do aquecimento a longo prazo provocado pelo aumento das concentrações atmosféricas de gases de efeito estufa, são os três anos mais quentes registrados até agora”, acrescenta o texto.
A sensação térmica elevada se deve ao efeito de um potente “El Niño” – fenômeno que entre três e sete anos afeta as temperaturas. O ano de 2016 continua no topo da lista com 1,2ºC a mais do que na época pré-industrial, enquanto 2017 alcançou o recorde de ano mais quente, até a data. O período usado como referência para analisar as condições existentes na era pré-industrial é de 1880 a 1900, segundo a ONU.
Para o secretário-geral da OMM, o finlandês Petteri Taalas, 17 dos 18 anos mais quentes pertencem ao século 21, e o ritmo de aquecimento constatado nestes três últimos anos é excepcional. “A temperatura reconta uma pequena parte da história e 2017 também é caracterizado pelas condições meteorológicas extremas em muitos países em todo o mundo”, finalizou Taalas.