O testemunho dos mártires mostra que os prazeres mundanos e o poder terreno não dão alegria nem paz duradouras
Luciane Marins
Da redação
Na segunda etapa de sua viagem à África, em Uganda, o Papa Francisco celebrou, na manhã deste sábado, uma Missa pelos mártires ugandenses.
Francisco centrou a homilia, que pronunciou em italiano, no testemunho dos mártires, os quais, até os dias de hoje, proclamam a fé em Jesus com a própria vida. O Santo Padre os destacou como modelos a serem seguidos. “Também nós recebemos o dom do Espírito para nos fazer filhos e filhas de Deus, mas também para dar testemunho de Jesus e torná-Lo conhecido e amado em todos os lugares.”
O Papa explicou que a presença do Espírito Santo deve ser reavivada diariamente e partilhada, de maneira que cada pessoa possa ser fonte de sabedoria e força para as outras.
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Santos José Mkasa e Carlos Lwanga
Francisco recordou os Santos José Mkasa e Carlos Lwanga, os quais, depois de terem sido instruídos na fé pelos outros, quiseram transmitir o dom que receberam.
O Papa lembrou que esses santos testemunharam a fé em Cristo em tempos perigosos, quando a vida deles e de outros que estavam aos seus cuidados estava ameaçada, mas não tiveram medo de levar Cristo, inclusive a preço da vida.
“A fé deles tornou-se testemunho. Venerados hoje como mártires, esses exemplos de vida continuam a inspirar muitas pessoas no mundo, continuam a proclamar Jesus Cristo e a força da cruz.”
Testemunhar Cristo nos dias de hoje
Francisco explicou que, a exemplo deles, pelo dom do Espírito Santo, é possível ser discípulo missionário como Cristo quer, seja nas famílias, entre os amigos ou até mesmo entre as pessoas hostis.
“O testemunho dos mártires mostra quantos, ontem e hoje, ouviram a sua história de que os prazeres mundanos e o poder terreno não dão alegria nem paz duradouras. Mas são a fidelidade a Deus, a honestidade e integridade da vida e uma autêntica preocupação pelo bem dos outros que nos trazem aquela paz que o mundo não pode nos oferecer.”
Para concluir, o Papa destacou que os mártires ugandenses deixaram como herança vidas marcadas pela força do Espírito Santo, e que ainda hoje testemunham o poder transformador do Evangelho de Jesus Cristo.
Francisco fez então um convite para que todos os presentes honrem os mártires, levando o testemunho de Cristo para todos os lugares.
“Nós os honramos verdadeiramente, como honramos todos os santos, quando levamos o seu testemunho de Cristo para os nossos lares e a nossa vizinhança, para os locais de trabalho e a sociedade civil, quer permaneçamos em nossas casas, quer tenhamos de ir até o canto mais remoto do mundo.”