Decisão

Putin ordena início da retirada das forças russas da Síria

Intervenção militar na Síria foi a maior missão de combate russa desde o Afeganistão

Da redação, com Reuters

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira, 14, que vai começar a retirar as suas Forças Armadas da Síria, cinco meses depois de ter ordenado uma intervenção militar que mudou o curso da guerra e favoreceu o presidente sírio, Bashar al-Assad.

“Eu acredito que a tarefa que eu coloquei para o Ministério da Defesa e para as Forças Armadas russas foi cumprida por inteiro”, disse Putin numa reunião no Kremlin com os seus ministros do Exterior e da Defesa, na qual ele anunciou a retirada, começando na terça-feira, 15.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, afirmou que Putin havia telefonado para Assad para informá-lo da decisão russa, mas Peskov disse que os dois líderes não discutiram o futuro de Assad, o maior obstáculo para um acordo de paz.

A decisão foi anunciada no dia em que as negociações mediadas pelas Nações Unidas entre os lados em guerra na Síria foram retomadas em Genebra.

Putin ordenou uma intensificação dos esforços diplomáticos russos para terminar com a guerra civil na Síria, que já dura cinco anos, matou milhares de pessoas e expulsou milhões de suas casas, muitos dos quais procuraram refúgio na Europa.

Contudo, o líder russo sinalizou que Moscou manteria uma presença militar: ele não deu um prazo para o final da retirada e disse que forças russas ficariam no porto de Tartous e na base aérea de Hmeymim na província síria de Latakia, de onde a Rússia lançou a maior parte dos seus ataques aéreos.

A campanha na Síria foi a maior missão de combate russa fora da antiga União Soviética desde a ocupação do Afeganistão.

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