Camarões

Bento XVI encontra-se com comunidade muçulmana na África

No terceiro dia de sua viagem a Camarões, o Papa Bento XVI encontrou-se hoje com os representantes da Comunidade Muçulmana, a quem expressou o desejo de troca de ideias com vista a uma compreensão da cultura e do mundo. “A religião pode contribuir para uma melhor compreensão do mundo e para uma coexistência pacífica de todos os membros da família humana”,disse.

.: Íntegra da saudação do Papa

A reunião decorreu na Nunciatura apostólica, local de permanência do Papa durante a sua visita a este país africano.

Bento XVI focou que em Camarões, “iniciativas como a Associação Camaronesa para o Diálogo inter-religioso» mostram como tal diálogo aumenta a compreensão recíproca e apoia a formação de uma ordem política estável e justa”.

Este país africano, onde o Papa leva o documento base para o próximo Sínodo dos Bispos africanos, marcado para outubro, no Vaticano, é a pátria de milhares de cristãos e muçulmanos que vivem, trabalham e praticam a sua fé no mesmo ambiente.

Bento XVI referiu que as religiões juntas “dão testemunho dos valores fundamentais da família, da responsabilidade social, da obediência à lei de Deus e do amor pelos doentes e atribulados. Conduzindo a sua vida segundo essas virtudes e ensinando-as aos jovens, cristãos e muçulmanos, demonstram não só como contribuem para o pleno desenvolvimento da pessoa humana, mas também como se trilham laços de solidariedade com os seus vizinhos e promovem o bem comum”.

O Papa afirmou que a religião tem o dever “particularmente urgente hoje, de tornar manifesto o vasto potencial da razão humana, que é um dom de Deus e é elevada por meio da revelação e da fé”.

Bento XVI acrescentou que os fiéis são “chamados a ajudar os outros a descobrirem os sinais discretos e a presença misteriosa de Deus no mundo”. “Uma religião genuína alarga o horizonte da compreensão humana e permanece como base de toda a cultura humana autêntica”.

O Papa referiu que a religião genuína rejeita todas as formas de violência e de totalitarismo, “não só por princípios de fé, mas também com base na recta razão”.

“Religião e razão reforçam-se mutuamente, uma vez que a religião é purificada e estruturada pela razão e o potencial da razão é plenamente libertado pela revelação e a fé”, sublinhou.

Bento XVI deixou um apelo à Comunidade Muçulmana de Camarões para que consiga permear a sociedade com os valores que emergem desta perspectiva e elevam a cultura humana. “Juntos trabalhemos para construir a civilização do amor”.

“Que a cooperação entusiasta entre muçulmanos, católicos e outros cristãos nos Camarões seja para outras nações africanas um farol luminoso do enorme potencial de um empenho inter-religioso para a paz, a justiça e o bem comum”, apontou.

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