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Copom indica que manterá ritmo de redução da taxa básica de juros

O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) indica que continuará a manter o ritmo de redução da taxa básica de juros nas suas próximas reuniões. De acordo com a ata da última reunião, a direção do Banco Central (BC) avaliou que “ajustes moderados” no nível da taxa básica de juros são consistentes com o cenário de convergência da inflação para a meta em 2012. O centro da meta para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), em 2012, é 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

A última reunião do comitê foi realizada nos dias 18 e 19 de outubro, quando o BC manteve a política de redução da taxa básica de juros (Selic), iniciada no final de agosto, e, em decisão unânime, baixou os juros básicos de 12% para 11,5% ao ano. A próxima e última reunião do colegiado de diretores do BC está agendada para os dias 29 e 30 de novembro.

A ata mostra ainda que na visão do comitê “a inflação acumulada em doze meses alcançou o pico no último trimestre” e começa a recuar em direção à trajetória de metas, fato que por si só “contribuirá para melhorar as expectativas dos agentes econômicos, em especial dos formadores de preços, sobre a dinâmica da inflação nos próximos trimestres”.

Ainda de acordo com o documento, o comitê entende que “essa melhora no sentimento será potencializada pelo processo, ora em curso, de reavaliação do ritmo da atividade, doméstica e externa, neste e nos próximos semestres”. A ata mostra também que, no entendimento da direção do BC, é importante enfatizar que, desde o início de 2011, foram tomadas importantes decisões pelo governo que mostram um processo de consolidação fiscal em curso.

De certa forma, o Copom admitiu a existência de um “ambiente econômico em que prevalece nível de incerteza muito acima do usual”, mas no cenário central com que trabalha, “a taxa de inflação se posiciona em torno da meta em 2012”, além de ter identificado o que classificou como risco decrescente para que a taxa convirja nesse sentido.

A ata destaca também que a demanda doméstica “se apresenta robusta”, mesmo diante da crise internacional, especialmente o consumo das famílias, devido aos estímulos do governo para manter a economia em equilíbrio, com expansão do crédito e elevação da renda do brasileiro.

“Entretanto, iniciativas recentes reforçam um cenário de contenção das despesas do setor público. Também se apresentam como importantes fatores de contenção da demanda agregada, a substancial deterioração do cenário internacional e ações macroprudenciais implementadas”, registra a ata. Para os técnicos, esses elementos são importantes na avaliação de decisões futuras de política monetária, de forma a assegurar a convergência da inflação para a meta.

 

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