A Coreia do Sul não deu importância a um chamado da Coreia do Norte para conversações incondicionais, dizendo nesta quinta-feira, 6, que a oferta era "propaganda" que não estava sendo levada a sério.
A iniciativa do Norte, na quarta-feira, ocorreu num momento que um enviado dos Estados Unidos se reunia com autoridades chinesas e sul-coreanas para conversações sobre como acalmar a península coreana e persuadir os norte-coreanos a interromper suas atividades nucleares.
A Coreia do Sul quer que o Norte se desculpe por um ataque que causou mortes em novembro em uma ilha em águas disputadas pelos dois países. O país afirmou que o chamado feito pelo diálogo é um gesto vazio.
"Anteriormente a Coreia do Norte fez afirmativas como essas no começo de ano… elas são feitos normalmente como parte da campanha de propaganda direcionada ao Sul", disse uma autoridade do Ministério da Unificação.
"Nós não consideramos isto como uma proposta séria de diálogo. Não foi sequer feita no formato correto e apropriado."
Os disparos de artilharia e o afundamento de uma embarcação sul-coreana em março, atribuído ao Norte, que nega responsabilidade, elevou a tensão na Ásia e aumentou a pressão pela retomada das negociações.
Os Estados Unidos, que pressionam a China a se impor sobre a Coreia do Note, da qual é a mais importante aliada, mandaram o enviado Stephen Bosworth para conversações na Ásia. Ele está na China nesta quinta-feira e irá para o Japão na sexta-feira.
Analistas dizem que a agressão militar da Coreia do Norte, bem como a revelação de uma instalação nuclear de enriquecimento de urânio, antes secreta, são meios de elevar seu poder de barganha antes das conversações da qual tomam parte seis países – um fórum de onde anteriormente os norte-coreanos obtiveram substancial ajuda alimentar.
"Ambos os lados mantiveram uma profunda troca de opiniões sobre a situação na península coreana e as negociações envolvendo seis partes", disse o Ministério de Relações Exteriores da China depois do encontro de Bosworth com autoridades locais.
Os dois lados concordaram em manter a paz e a estabilidade na região e levar adiante o processo envolvendo as seis partes no diálogo, afirmou a Chancelaria.
Embora as duas Coréias defendam o diálogo para solucionar a crise, o Sul, bem como os EUA, não querem ser vistos como cedendo ao Norte, com as conversações e concessões que deseja.
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