"O PMDB tem cinco ministérios, praticamente a mesma cota que tinha com o presidente Lula. O PMDB está satisfeito e contemplado já com os ministros, e em questão de segundo e terceiro escalões, os próprios ministros vão tratar disso", disse Raupp a jornalistas.
Também presente à reunião, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), avaliou como positivo o adiamento das nomeações de segundo escalão, mas sinalizou que o partido pode endurecer com o governo.
"O PMDB adia essa discussão e aguarda um novo momento, mas sempre com a preocupação de que, na hora que for, haja um amplo diálogo, não só com o PMDB, mas com toda a base aliada, afinal somos um governo de coalizão", disse.
O discurso ensaiado de Alves e de Raupp demonstra que durante a reunião entre caciques peemedebistas, o vice-presidente da República Michel Temer conseguiu controlar a ânsia dos colegas de partido por novas nomeações.
Temer, que se licenciou da presidência do PMDB entregando-a a Raupp, também parece ter tranquilizado os peemedebistas em relação à perda de espaço nos cargos inferiores da administração.
O PMDB já acena, contudo, com uma leve pressão sobre o governo em pautas consideradas importantes na reabertura do Congresso em fevereiro. Alves citou, por exemplo, o debate em torno da medida provisória do salário mínimo.
"Queremos que a área econômica nos convença desse valor", afirmou numa referência aos R$540,00 determinados na semana passada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Indagado se esse tema tem relação com a disputa por cargos no segundo escalão, Alves negou. "O que nós temos é uma preocupação legítima com o país".
Além de Alves, Raupp e Temer, participaram do encontro o presidente do Senado, José Sarney (AP), o senador Renan Calheiros (AL) e a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.
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