Mudança de comportamento. Este pode ser o primeiro, entre os diversos sintomas, que indicam o início da depressão entre crianças. Depressão infantil é o tema que você acompanha na terceira reportagem da série sobre depressão.
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O telefonista Márcio Nunes Pereira tinha oitos anos de idade quando perdeu o irmão caçula, de apenas dois anos. Quem o vê no trabalho, atualmente, não imagina o quanto foi difícil superar a depressão que viveu nos dois anos seguintes ao episódio.
A depressão infantil não tem limite de idade para se manifestar. Desde 1998, a doença passou a ser entendida como patologia. Estudos indicam que a depressão infantil atinge entre 2 e 3% das crianças com até 6 anos de idade, e 5 % na faixa entre 7 e 12 anos. No entanto, o números ainda podem ser questionados, já que, na maioria dos casos, os pais não reconhecem a mudança de comportamento do filho como uma possível doença. O choro da criança quando é deixada na escola, por exemplo, pode ser um sintoma de depressão.
Os pais devem ficar atentos aos primeiros sinais que indicam o surgimento da depressão infantil como: mudança de humor, mudança na alimentação (excesso ou diminução do consumo), desânimo (desinteresse por brincadeiras), baixo rendimento escolar e desatenção, baixa auto-estima, emurese (xixi na cama) e ecoprese (cocô na cama).
As causas podem surgir dentro de casa e o excesso de autoritarismo pode dificultar que o próprio pai reconheça o problema do filho.
Fazer o tratamento a tempo pode ajudar muita a gente a se livrar de problemas piores no futuro. Mas a grande conexão para a cura da depressão infantil precisa ser feita pelos pais. Neste caso, apenas a presença pode curar.
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