Bento XVI recebeu esta manhã, no Vaticano, o presidente timorense José Ramos Horta, com quem falou do “processo de reconciliação nacional”.
Segundo comunicado oficial da Santa Sé, ambos falaram da “situação política e social do país”, destacando a necessidade de apoio, por parte da comunidade internacional, “à consolidação das instituições democráticas” de Timor-Leste.
Ramos Horta encontrou-se ainda com o Cardeal Tarcisio Bertone, Secretário de Estado do Vaticano, e com o Secretário do Vaticano para as relações com os Estados, Arcebispo Dominique Mamberti.
Ambas as partes evocaram as “relações cordiais” entre a Santa Sé e Timor, para além da “cooperação existente entre Igreja e Estado nos setores da educação, da saúde e da luta contra a pobreza”.
O pedido de ajuda à comunidade internacional surge no dia em que o militar rebelde Alfredo Alves Reinado ameaçou desdobrar no oeste do país as suas forças de 600 ex-soldados caso o Governo não escute suas reivindicações de se reintegrar às Forças Armadas.
Em entrevista à Agência Efe, Reinado, que atualmente tem a sua base de operações no distrito de Ermera, indicou que se o Estado não ouvir estas reivindicações, será estabelecida uma nova força militar, porque "as províncias do oeste também precisam de proteção".
Segundo um relatório do International Crisis Group, Timor corre o risco de novos confrontos se não resolver rapidamente as divergências entre polícia e exército.Uma crise semelhante provocou 30 mortos, em Abril e Maio de 2006, e forçou a fuga de outras 150 mil pessoas.