Segundo representante da ONU, um em cada oito migrantes é uma criança, além disso, uma em cada 200 crianças é refugiada
Da redação, com Rádio ONU
A vice-chefe do Escritório da ONU de Direitos Humanos, Kate Gilmore, afirmou esta segunda-feira, 16, que a piora da crise global de refugiados e migrantes teve um efeito arrasador na questão dos direitos de milhões de crianças no mundo.
O alerta foi feito na abertura da 74ª sessão da Comissão sobre os Direitos da Criança, que está sendo realizada em Genebra, na Suíça.
Conflito
Gilmore disse que um em cada oito migrantes é uma criança, além disso, uma em cada 200 crianças é refugiada. O total de menores de idade deslocados por causa de conflitos chega a 26 milhões.
O presidente da Comisão, Benyam Mezmur, afirmou que a situação é mais grave quando se leva em conta os países em conflito. Segundo ele, 220 milhões de crianças vivem em regiões em conflito ou guerra no mundo.
Mezmur disse que nessas áreas ocorreram graves violações dos direitos das crianças, incluindo assassinatos, mutilações, recrutamento militar, violência sexual, entre outros.
Segundo o representante da ONU, esses menores de idade estão vulneráveis à violência e à exploração. Ele demonstrou preocupação ainda com a falta de implementação de iniciativas e medidas para combater a crise.
Convenção
A Comissão informou que desde a última sessão, no ano passado, o número de países que ratificaram a Convenção sobre os Direitos da Criança continua inalterado, 186.
No caso do protocolo opcional sobre venda de crianças, prostituição e pornografia infantil, o documento foi ratificado por 173 Estados-membros.
Mais um país, o Paquistão, ratificou o protocolo sobre envolvimento de crianças em conflito armado, totalizando 166 e a Geórgia ratificou o protocolo sobre procedimentos de comunicação, elevando o total para 29.