Conflitos

Acnur: Mais de 100 milhões de pessoas estão deslocadas no mundo

Em apenas alguns meses, guerra na Ucrânia aumentou o já elevado número de pessoas deslocadas no mundo 

Da redação, com Vatican News

Refugiados sírios chegam à Grécia: mais de mil deles desembarcaram nas ilhas do Egeu Oriental / Foto: Reprodução Reuters

O número de pessoas deslocadas no mundo subiu para mais de 100 milhões. A informação foi divulgada na última segunda-feira, 23, por Filippo Grandi, Alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados. “É um recorde que nunca deveria ter sido alcançado”.

O aumento do número, já muito alto, foi motivado pela guerra na Ucrânia, que em três meses de invasão russa e bombardeios causou a fuga de 8 milhões de pessoas dentro do país, e 6 milhões (aqueles registrados), que agora são refugiados além fronteira para escapar das bombas.

Atenção, parar com as perseguições

“Estes dados devem servir como um alerta para resolver e prevenir conflitos destrutivos, acabar com a perseguição e enfrentar as causas que forçam pessoas inocentes a fugir de suas casas”, disse Filippo Grandi.

De acordo com novos dados do Agência para os refugiados da Onu, a Acnur, o número de pessoas deslocadas à força no mundo inteiro já havia aumentado para 90 milhões no final de 2021, impulsionado por novas ondas de violência ou conflitos prolongados em países como Etiópia, Burkina Faso, Mianmar, Nigéria, Afeganistão e República Democrática do Congo.

Um por cento da população do planeta está deslocada

Com mais de 1% da população mundial, o número total de pessoas deslocadas é equivalente ao 14º país mais populoso do mundo. De acordo com um relatório recente do Centro de Monitoramento de Deslocados Internos (IDMC), este número inclui refugiados e requerentes de asilo, assim como os 53,2 milhões de pessoas deslocadas dentro de suas fronteiras devido a um conflito.

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As ajudas são paliativa, mas a cura está na paz

“A resposta internacional às pessoas que fogem da guerra na Ucrânia tem sido extraordinariamente positiva”, acrescentou Grandi. “A compaixão está viva e precisamos de uma mobilização semelhante para todas as crises ao redor do mundo. Mas, em última análise, a ajuda humanitária é um paliativo, não uma cura. Para reverter esta tendência, a única resposta é paz e estabilidade, de modo que pessoas inocentes não sejam forçadas a apostar entre o perigo agudo em casa ou uma fuga e um exílio precários.”

O relatório anual do ACNUR

Em 16 de junho, o Acnur divulgará seu Relatório Anual sobre Tendências Globais, que apresentará um conjunto abrangente de dados globais, regionais e nacionais sobre deslocamento forçado para 2021, bem como atualizações mais limitadas até abril de 2022, e detalhes sobre repatriações e as soluções.

 

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