Catequese

Na Semana Santa, Papa dedica catequese ao Tríduo Pascal

Papa destacou a entrega de Jesus por amor à humanidade, indicando Nossa Senhora como modelo de silêncio à espera da ressurreição

Da Redação, com Rádio Vaticano

Francisco faz reflexão sobre o Tríduo Pascal / Foto: Reprodução CTV

Francisco faz reflexão sobre o Tríduo Pascal / Foto: Reprodução CTV

No contexto da Semana Santa, o Papa Francisco dedicou a catequese desta quarta-feira, 23, ao Tríduo Pascal. Segundo o Santo Padre, esse é um momento para entrar sempre mais no grande mistério da fé que é a Ressurreição de Jesus.

Esse mistério venerado na Semana Santa é uma grande história de amor que não tem obstáculos, disse o Papa. “A Paixão de Jesus dura até o fim do mundo, porque é uma história de partilha com os sofrimentos de toda humanidade e uma permanente presença nos acontecimentos da vida pessoal de cada um de nós. Em síntese, o Tríduo Pascal é o memorial de um drama de amor que nos dá a certeza de que nunca seremos abandonados nas provas da vida”.

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Francisco recordou que, na Quinta-feira Santa, Jesus institui a Eucaristia, antecipando na última ceia o seu sacrifício. E a Eucaristia é amor que se faz serviço, é presença sublime de Cristo que deseja alimentar cada um, sobretudo os mais necessitados, mas não somente isso.

“No doar-se a nós como alimento, Jesus atesta que devemos aprender a dividir com os outros este nutrimento para que se transforme em uma verdadeira comunhão de vida com os mais necessitados. Ele doa-se a nós e nos pede que permaneçamos n’Ele para fazer o mesmo”, destacou.

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O Papa descreveu a Sexta-feira Santa como o momento culminante do amor que abraça a todos sem excluir ninguém. “A morte de Jesus, que na cruz se abandona ao Pai para oferecer salvação ao mundo inteiro, exprime o amor doado até o fim, sem fim. Se Deus nos demonstrou seu amor supremo na morte de Jesus, então também nós, regenerados pelo Espírito Santo, podemos e devemos amar uns aos outros”, disse o Pontífice.

O silêncio de espera de Nossa Senhora

O Papa explicou ainda que o Sábado Santo é o dia do silêncio de Deus, quando Ele se cala por amor. “Deve ser um dia de silêncio. Devemos fazer de tudo para que para nós seja um dia de silêncio como foi naquele tempo, o dia do silêncio de Deus”, reforçou o Papa.

“No Sábado Santo nos fará bem pensar no silêncio de Nossa Senhora, a crente que, em silêncio, esperava pela Ressurreição. Nossa Senhora deverá ser o ícone daquele Sábado Santo. Pensar tanto em como Nossa Senhora viveu aquele Sábado Santo, esperando…”.

Para viver este silêncio durante o grande mistério de amor e de misericórdia, Francisco citou a experiência de uma jovem pouco conhecida, Juliana de Norwich, que teve uma visão da paixão de Cristo na qual Jesus afirmou que, se pudesse, teria sofrido ainda mais por ela. “Este é o nosso Jesus, que diz a cada um de nós: se pudesse sofrer mais por você, o faria”, concluiu o Papa.

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