Papa: Jubileu é tempo de misericórdia para todos, bons e maus

Em catequese, Papa falou do perdão dado na Cruz e frisou que ninguém está excluído do perdão de Deus

Da Redação, com Rádio Vaticano

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“O perdão na Cruz” foi o tema da catequese do Papa Francisco nesta quarta-feira, 28. A reflexão foi baseada no relato do evangelista Lucas sobre os dois malfeitores crucificados com Jesus, que se dirigiram a ele, cada um de um modo.

Morrendo na cruz, inocente entre dois criminosos, cumpre-se a doação de amor de Jesus e a humanidade é salva para sempre. Fica demonstrado, acrescentou o Papa, que a salvação de Deus pode chegar a todos, em qualquer condição, mesmo a mais dolorosa. “Por isso o Jubileu é tempo de graça e misericórdia para todos, bons e maus, estejam em saúde ou na doença. Nada pode nos separar do amor de Cristo!”.

“A quem está crucificado numa cama do hospital, a quem vive recluso num cárcere, a quem está encurralado pelas guerras, eu digo: Levantai os olhos para o Crucificado. Deus está convosco, permanece convosco na cruz e a todos se oferece como Salvador”, acrescentou.

O bom ladrão que respeita Deus

O primeiro malfeitor insultou Jesus na Cruz: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!”. Segundo Francisco, esse foi um grito angustiado, diante do mistério da morte, ele sabia que somente Deus podia dar uma resposta de salvação.

Já o segundo malfeitor era o chamado ‘bom ladrão’ e suas palavras foram um modelo maravilhoso de arrependimento, observou o Papa. Primeiro, ele se dirigiu a seu companheiro: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma pena?”, uma expressão que evidencia o temor de Deus – não o medo de Deus – mas o respeito que lhe é devido.

Francisco explicou que o bom ladrão se dirige diretamente a Jesus, confessa abertamente a própria culpa, invoca sua ajuda, chama-O pelo nome, pede a Jesus que se lembre dele: é a necessidade do homem de não ser abandonado. Assim, o condenado à morte se torna modelo do cristão que se entrega a Jesus.

Perdão em gestos concretos

A promessa feita ao bom ladrão – “Hoje estarás comigo no Paraíso” – revela o pleno cumprimento da missão que o trouxe à terra. Desde o início até ao fim, Jesus se revelou como Misericórdia; Ele é verdadeiramente o rosto da misericórdia do Pai: «Perdoa-lhes, Pai, porque não sabem o que fazem». E não se trata apenas de palavras, mas de gestos concretos como no perdão oferecido ao bom ladrão.

Concluindo, o Papa convidou todos a deixarem que a força do Evangelho penetre no coração e console, dê esperança e a certeza íntima de que ninguém está excluído do seu perdão.

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