Diretora-geral do Unicef, Catherine Russell, realizou uma visita de três dias a Roma e se encontrou com o Papa Francisco
Da Redação, com Vatican News
A diretora-geral do Unicef, Catherine Russell, encontrou-se com o Papa Francisco por ocasião do primeiro Dia Mundial das Crianças, evento organizado pelo Vaticano para ajudar a incentivar a ação global em favor de milhões de crianças afetadas pela pobreza, conflitos e crise climática.
O encontro com o Santo Padre ocorreu no domingo, 26. A diretora do Unicef destacou que não é fácil ser criança no mundo de hoje. “Centenas de milhões de crianças continuam com suas vidas ceifadas por guerras e violência, pobreza e desigualdade, e pelo impacto das mudanças climáticas, como secas, incêndios, tempestades mais fortes e poluição”, ressaltou.
Russell também comentou que o Papa Francisco alertou contra a globalização da indiferença. “Precisamos transformar a indiferença e o desrespeito aos direitos e ao bem-estar das crianças em uma globalização de paz, bondade e cuidado com cada criança em todos os lugares”, disse.
Encontro com o Papa
De acordo com uma nota do Unicef, Russell, uniu-se ao Papa Francisco e a dezenas de milhares de crianças de todo o mundo, inclusive de países devastados pela guerra, juntamente com pais, celebridades locais e centenas de voluntários do Unicef no Estádio Olímpico de Roma.
Durante o evento organizado pelo Dicastério para a Cultura e a Educação da Santa Sé, Russell pediu às crianças presentes no estádio e àquelas que estavam assistindo ao redor do mundo que ajudassem a criar um mundo mais pacífico, equitativo e habitável. Acompanhada por dez crianças, a responsável pelo órgão da ONU se reuniu de forma privada com o Papa Francisco na Casa Santa Marta; também estavam presentes o padre Enzo Fortunato e Aldo Cagnoli, organizadores da JMC.
Russell entregou ao Pontífice duas pinturas de crianças da República Democrática do Congo, um país devastado pela guerra, onde as crianças sofrem terríveis violências e privações, e que tanto o Papa quanto Russell visitaram nos últimos anos.
Construir um mundo amigável às crianças
A diretora do Unicef enfatizou que em qualquer conflito ou desastre, as crianças são sempre as primeiras a sofrer, e são as que mais sofrem. “Precisamos ouvir as vozes das crianças e realizar um mundo amigável para elas. Não podemos ser complacentes quando crianças são mortas, feridas e privadas de seu futuro”, concluiu.
Como afirma o Unicef, cerca de 400 milhões de crianças – ou cerca de 1 em cada 5 crianças — vivem em zonas de conflito ou fogem delas, em lugares como Gaza, Haiti, República Democrática do Congo, Sudão, Ucrânia e Iêmen. Ao mesmo tempo, mais de 1 bilhão de crianças vivem atualmente em países que correm um risco extremamente alto pelos impactos das mudanças climáticas.