Luca Attanasio, um policial e seu motorista congolês foram mortos em uma emboscada na República do Congo; os três viajavam em um comboio das Nações Unidas
Da redação, com Vatican News
Em uma mensagem enviada por telegrama ao presidente italiano Sergio Mattarella nesta terça-feira, 23, o Papa Francisco expressou sua tristeza pelo ataque de segunda-feira, 22, na República Democrática do Congo, que deixou o embaixador italiano, Luca Attanasio, um policial e seu motorista congolês mortos. Os três viajavam em um comboio das Nações Unidas.
O Papa elogiou o “testemunho exemplar” do Embaixador italiano, Luca Attanasio, dizendo que foi uma pessoa excelente e cristã. O Papa Francisco também destacou a dedicação do Embaixador em “estabelecer relações fraternas e cordiais, para restabelecer relações serenas e harmoniosas no seio do país africano”.
O Pontífice também chamou a atenção para Vittorio Iacovacci, um membro dos Carabinieri Italianos, também morto no ataque. Ele descreveu Iacovacci como “um especialista e generoso em seu serviço, que estava prestes a formar uma nova família”.
O Papa encerrou seu telegrama com as seguintes palavras ao presidente Mattarella:
“Enquanto elevo minhas orações em sufrágio pelo repouso eterno destes nobres filhos da nação italiana, encorajo-vos a confiar na providência de Deus. Nada do bem realizado se perde em Suas mãos, ainda mais quando é confirmado por meio de sofrimento e sacrifício. A si, Senhor Presidente, aos familiares e colegas das vítimas, e a todos os que choram a sua perda, envio a minha bênção de coração.
Entenda a morte do embaixador
Foi uma tentativa de sequestro que ocorreu por volta das 9 horas de segunda-feira 22 de fevereiro, na República Democrática do Congo, custando a vida do embaixador italiano Luca Attanasio, um carabineiro de trinta anos, Vittorio Iacovacci, e uma terceira pessoa, provavelmente o motorista do veículo. Autoridades do Parque Nacional da Virunga revelaram a matriz da emboscada, realizada por milicianos armados ainda desconhecidos. O Chefe de Delegação da União Europeia também estava a bordo do comboio.
O comboio no qual Attanasio estava viajando ia da cidade de Goma para Rutshuru, mais ao norte, para visitar uma escola do Programa Mundial de Alimentação. A estrada, anunciada pelo PMA em uma nota, era considerada segura e o grupo não foi acompanhado pelas forças de paz da ONU em missão em Monusco no país. O ataque não foi reivindicado e o governo de Kinshasa informou que “fará de tudo para descobrir quem está por trás deste terrível assassinato”.