ROMA

Via-Sacra com o Papa voltou a acontecer no Coliseu

Papa Francisco esteve presente na Via-Sacra do Coliseu de Roma com meditações sobre as famílias

Da Redação

Papa Francisco com família migrante na Via-Sacra do Coliseu 2022

Nesta Sexta-feira Santa, 15 de abril, a tradicional Via-Sacra com o Papa voltou a acontecer no Coliseu de Roma. As meditações das estações para este ano de 2022 foram voltadas para as famílias. O tema das famílias foi escolhido em vista do ano dedicado à família, celebrando cinco anos da Exortação Apostólica Amoris Laetitia

O Papa Francisco confiou a algumas famílias as meditações e orações para serem rezadas durante a via crucis deste ano, em referência ao sofrimento que as famílias vivem de tantas formas, inclusive enfrentando a guerra. As famílias que participaram dessa preparação são ligadas a comunidades e associações católicas.

Nos dois anos anteriores, a Via-Sacra não aconteceu no Coliseu devido à pandemia da Covid-19. O Papa fez as reflexões da Via-Sacra na Praça de São Pedro, sendo no ano anterior, com temas dedicados às crianças. A última edição no Coliseu tinha acontecido em 2019

Papa Francisco fez uma invocação ao Pai Misericordioso na oração final da Via-Sacra, pedindo que cada um possa saborear o perdão e deu sua bênção apostólica aos fiéis. Ao final, o Papa ainda cumprimentou as famílias que participaram das meditações.  

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O Coliseu é um lugar onde tantas pessoas foram martirizadas no passado por serem fiéis a Deus, e hoje a Cruz ali representada abraçou as dores do mundo, nas realidades enfrentadas pelas famílias do mundo inteiro. 

Meditações as famílias

“Diante da morte, o silêncio é mais eloquente”, essa foi uma das reflexões durante as estações, onde foi feito um momento de silêncio para que cada um rezasse pela paz, enquanto as famílias russa e ucraniana carregaram a cruz na estação que meditava a morte de Jesus. 

Foram abordados nas meditações o tema do aumento no número das separações; a missão das famílias e o terror da guerra; a realidade da esterilidade vivida por muitos casais; a criação dos filhos; filhos com deficiência e a escolha pela vida; a opção pela adoção; e a cruz da doença.

Também fizeram parte das reflexões a realidade dos pais que precisam ajudar filhos e netos em crise; dificuldades familiares; relações conturbadas entre pais e filhos; o enfrentamento de uma doença oncológica; a dor da perda de um ente querido e os desafios de pais e filhos que precisam migrar.

Cada meditação das estações foi acompanhada de testemunhos e orações, seguiram respectivamente pelos seguintes grupos familiares:

1ª estação – um jovem casal

2ª estação – uma família em missão

3ª estação – velhos sem filhos

4ª estação – uma família grande

5ª estação – uma família com uma criança com deficiência

6ª estação – uma família que administra uma casa de família

7ª estação – uma família com um pai doente

8ª estação – um casal de avós

9ª estação – uma família adotiva

10ª estação – uma viúva com filhos

11ª estação – uma família com um filho consagrado

12ª estação – uma família que perdeu uma filha

13ª estação – uma família ucraniana e uma família russa

14ª estação – uma família de migrantes 

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Domingo da Páscoa

No próximo Domingo de Páscoa, 17 de abril, a Missa volta a ser celebrada na Praça de São Pedro, após dois anos de pandemia. No início da celebração, será realizado o rito do Ressurexit: o Papa incensará o ícone do Ressuscitado. 

Após a Missa, o Papa se dirigirá à Sala das Bênçãos, e dali irá até a sacada central da Basílica Petrina, de onde concederá a Bênção e a mensagem Urbi et Orbi.  

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