A conferência terá palestrantes de várias igrejas cristãs e de outras religiões como o judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, jainismo, taoísmo e siquismo
Da redação, com Rádio Vaticano
Um mês após o encerramento do Sínodo sobre a Família, o Papa Francisco irá abrir uma conferência inter-religiosa dedicada ao matrimônio tradicional.
A reunião promovida pelo Vaticano, com o título “Complementaridade do homem e da mulher”, será realizada de 17 a 19 de novembro e terá mais de 30 conferencistas. Os palestrantes serão representantes de 23 países, várias igrejas cristãs e de outras religiões como o judaísmo, islamismo, budismo, hinduísmo, jainismo, taoísmo e siquismo.
Segundo os organizadores, o objetivo da conferência será “analisar e propor novamente a beleza da relação entre o homem e a mulher, a fim de apoiar e revitalizar o casamento e a vida familiar para o florescimento da sociedade humana”.
Entre os participantes estarão o arcebispo de Filadélfia, Dom Charles J. Chaput, e o reverendo Rick Warren, pastor da Igreja Saddleback, na Califórnia.
O encontro será promovido pela Congregação para a Doutrina da Fé e co-patrocinado pelos Pontifícios Conselhos para a Família, para o Diálogo Inter-religioso e para a Promoção da Unidade dos Cristãos.
De acordo com os organizadores, a conferência vai mostrar que apesar das discussões internas na Igreja sobre como lidar com os desafios contemporâneos na vida matrimonial e familiar, a Igreja pode buscar um terreno comum com os líderes religiosos.
Congresso na Espanha
Três dias antes, acontecerá em Madri, Espanha, o XVI Congresso organizado pela Associação Católica dos Propagandistas e da Fundação Universitária San Pablo CEU. O evento, entre os dias 14 e 16 de novembro, refletirá sobre o tema “A família sempre: desafios e esperanças”.
Sobre o encontro, o presidente do Pontifício Conselho para a Família, Dom Vincenzo Paglia, afirma que a Igreja “carrega em seus ombros” a responsabilidade de mostrar ao mundo que o vínculo generativo e estável do homem e da mulher “edifica realmente a comunidade humana a altura do humano”, e circula dimensões afetivas e as responsabilidades dos vínculos que são impossíveis em outra forma.
“O ponto importante a ser abordado [no encontro] é a maneira em que a transmissão da vida decide do sentimento da vida e, portanto, do acesso das gerações ao respeito pelo mistério do amor em sua origem e seu destino”, destacou Dom Paglia.
Ele ressalta que essa resposta vem, em primeiro lugar, através de uma nova primavera de famílias cristãs, seja das saudáveis ou daquelas feridas, “todas ajudadas e capazes de sair alegremente em cada fechamento de si mesmos, para colocar-se, se assim pode dizer, em ‘estado de missão’, ou seja, na partilha familiar dos seus bens, no sinal da fé”.
Dom Paglia afirma ainda que o vínculo das famílias com a comunidade eclesial é determinante. “Na atual fragmentação do humano, um novo impulso da missão eclesial se reabre simplesmente a partir daqui”, conclui.
Com informações do Pontifício Conselho para a Família