Mensagem recorda que 90% de tudo o que é consumido no mundo é transportado via mar e depende do trabalho dos marinheiros
Da redação, com Rádio Vaticano
“Como Apostolado do Mar, estamos ao lado dos marítimos para repetir que seus direitos humanos e profissionais devem ser respeitados e protegidos”.
Esta é a mensagem que o Pontifício Conselho para a Pastoral dos Migrantes e dos Itinerantes publicou por ocasião do Domingo do Mar, que será celebrado no próximo domingo, 10.
No texto, assinado pelo Presidente do Pontifício Conselho, Cardeal Antonio Maria Vegliò, recorda-se que 90% das mercadorias que consumimos são transportadas via mar. Neste comércio, trabalham um milhão e 200 mil marinheiros de várias nacionalidades a bordo de 50 mil navios.
Compreensão
“Sentamos comodamente no sofá de nossas casas, temos dificuldade em compreender até que ponto a nossa vida cotidiana depende da indústria marítima e do mar”, destaca a mensagem.
Combustível, móveis, computadores e celulares, roupas e até a fruta que comemos são entregues por navios. E não só: quando fazemos um cruzeiro ou quando migrantes são resgatados no Mediterrâneo, os marítimos estão sempre envolvidos.
Contudo, longas jornadas de trabalho, pirataria, exploração, desastres ambientais, poluição, remuneração escassa e distância da família e dos filhos podem comprometer a integridade física e psicológica dos marinheiros.
Respeito e segurança
“Encorajados pelo Papa Francisco, que exortou os capelães e os voluntários do Apostolado do Mar ‘a serem voz dos trabalhadores que enfrentam situações de perigo e de dificuldade’, nós estamos ao lado dos marítimos, para repetir que seus direitos humanos e profissionais devem ser respeitados e protegidos.”
O Pontifício Conselho faz um apelo aos governos para que reforcem a aplicação da Convenção sobre Trabalho Marítimo da Organização Internacional do Trabalho, cujo objetivo é garantir que os trabalhadores tenham acesso a bordo de estruturas e serviços que protejam seu estado de saúde. Aos bispos das dioceses marítimas, pede que instituam e promovam o Apostolado do Mar.
Por fim, Cardeal Vegliò expressa gratidão aos marítimos por seu trabalho, “essencial para a nossa vida cotidiana”, e os confia à materna proteção de Maria, Stella Maris (expressão latina que significa “estrela do mar”).