Dia Mundial do Mar

Vaticano aponta dificuldades vividas pelos marinheiros

Pontifício Conselho para os itinerantes  destaca que os marinheiros, pelo trabalho desenvolvido, “são invisíveis aos olhos da sociedade”

Da Redação, com Ecclesia

Vaticano Marinheiros dificuldades

Cardeal destaca que o trabalho dos marinheiros é invisível para a sociedade / Foto: Rádio Vaticano

O presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e Itinerantes,  Cardeal Antônio Maria Vegliò, publicou um comunicado, nesta quarta-feira, 9,  em ocasião do Dia Mundial do Mar, celebrado no próximo domingo, 13. O Cardeal alertou para as dificuldades vividas pelos marinheiros e elogiou a ação da Igreja através do Apostolado do Mar.

“Neste domingo do mar, estamos convidados a tomar consciência dos desconfortos e das dificuldades que os marinheiros enfrentam diariamente e do precioso serviço desenvolvido pelo Apostolado do Mar em ser Igreja que testemunha a misericórdia e a ternura do Senhor para anunciar o Evangelho nos portos do mundo inteiro”, afirmou o cardeal.

O Pontifício Conselho destaca que os marinheiros, pelo trabalho desenvolvido, “são invisíveis aos olhos da sociedade”. Nesse sentido, a mensagem para o Dia Mundial do Mar convida todos os cristãos a olharem ao redor e a perceberem a contribuição oferecida pelo trabalho árduo e cansativo dos marinheiros.

O Dicastério destaca que, atualmente, o mar é um lugar privilegiado para a troca e o comércio global porque mais de 90% das mercadorias, em escala mundial,  são transportadas por aproximadamente 100 mil navios que navegam através de uma força de trabalho com cerca de 1,2 milhões de marinheiros de todas as raças, nacionalidades e religiões.

“A vida dos marinheiros é difícil e perigosa”, alerta o cardeal que revela, através de dados da Organização Marítima Internacional (IMO), que, em 2012, mais de mil marinheiros morreram por causa de naufrágios e colisões marítimas.

A mensagem explica que a ação da Igreja realiza-se com a Obra do Apostolado do Mar, com mais de 90 anos, oferecendo  assistência pastoral aos  marinheiros através de centros de acolhida.

Segundo o Dicastério, os capelães destes centros estão sempre disponíveis para oferecer assistência espiritual e os voluntários visitam diariamente os marinheiros nos navios, nos hospitais e também os que são abandonados em portos estrangeiros.

O cardeal garante que o Apostolado do Mar se faz “voz de quem muitas vezes não têm voz, denunciando abusos e injustiças, pela defesa dos direitos  e pedindo para a indústria marítima e aos governos que respeitem as convenções internacionais”.

O Conselho Pontifício realça ainda que a vida romântica e aventureira dos marinheiros apresentada em filmes e romances não é real, uma vez que para além do risco de pirataria,  existem também o perigo da criminalização e do abandono sem salário, comida e proteção em portos estrangeiros.

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