Presidente da França

Uso de armas químicas na Síria resultaria em represália, diz Macron

Macron faz parte da coalizão que apoia os grupos rebeldes e acusa Assad de ter usado armas químicas no passado

Da redação, com Reuters e agências

O uso de armas químicas na Síria é intolerável para a França e resultaria em represália, disse Emmanuel Macron, nesta segunda-feira, 29, em seu primeiro encontro como presidente da França com seu colega russo, Vladimir Putin.

“Qualquer uso de armas químicas resultaria em represálias e em uma resposta imediata, ao menos no que diz respeito à França”, disse Macron em uma coletiva de imprensa conjunta com Putin, na qual acrescentou que seu objetivo é a luta contra o terrorismo no país. Ele disse querer trabalhar com Putin para esse fim.

Os dois países apoiam lados diferentes no conflito sírio, com Putin apoiando o presidente da Síria, Bashar al-Assad, e Macron fazendo parte da coalizão que apoia os grupos rebeldes e tendo acusado Assad de ter usado armas químicas no passado.

“Nossa prioridade absoluta é a luta contra o terrorismo. É o fio condutor de nossa ação na Síria e sobre a qual desejo, além do trabalho que realizamos dentro da coalizão, reforçar nossa parceria com a Rússia”, explicou o presidente, referindo-se ao combate ao grupo extremista Estado Islâmico (EI).

O presidente francês disse ser a favor de “uma transição democrática na Síria, mas preservando um Estado sírio”. Ele ainda apontou os Estados falhos como uma ameaça para a democracia e um terreno fértil para o progresso dos grupos terroristas.

Para Emmanuel Macron, é necessário falar com a Rússia sobre a crise síria, a fim de “mudar o quadro para uma saída da crise militar e construir de forma mais coletiva uma solução política inclusiva”.

O presidente francês considera que o Ocidente “fracassou” sobre esta questão, ao ser excluído do processo de cessar-fogo patrocinado pela Rússia, Irã e Turquia.

Macron disse ter tido uma franca troca de opiniões com Putin, e que os dois expressaram seus desacordos em diversos assuntos.

Putin foi o primeiro chefe de Estado a visitar Macron desde que ele assumiu o comando do país, no último dia 14.

Evite nomes e testemunhos muito explícitos, pois o seu comentário pode ser visto por pessoas conhecidas.

↑ topo