Nos dias que antecedem a viagem do Papa, Sri Lanka sofre as com inundações que provocaram a morte de mais de 30 pessoas e deixaram mais de 100 mil desabrigados
Da redação, com Rádio Vaticano
Faltando poucos dias para a viagem do Papa Francisco a Sri Lanka, 13 e 14 de janeiro, o país enfrenta mais uma calamidade natural. Desde a última sexta-feira, 26, as fortes chuvas mataram mais de 30 pessoas e deixaram mais de 100 mil desabrigados.
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.: Programação da viagem do Papa ao Sri Lanka
As inundações podem inclusive prejudicar a realização das eleições presidenciais, marcadas para o dia 8 de janeiro. Para tentar conseguir consenso entre os eleitores, o Presidente de Sri Lanka, Mahinda Rajapaksa, prometeu reformar a presidência e aprovar uma nova Constituição se for reeleito para um terceiro mandado.
Eleições presidenciais
A promessa de Rajapaksa foi feita em resposta ao crescente apoio público que registra o principal adversário, Maithripala Sirisena, ex-membro do executivo guiado pelo próprio Rajapaksa. Sirisena está baseando a sua campanha eleitoral num plano de reformas democráticas que prevê também reduzir os poderes presidenciais e reforçar o Parlamento.
A campanha eleitoral em Sri Lanka está acontecendo enquanto a Igreja Católica prepara a viagem do Papa. O presidente do país é criticado por ter fixado o pleito eleitoral justamente nas vésperas da chegada do Pontífice.
Visita do Papa
O Arcebispo da capital, Colombo, Cardeal Malcolm Ranjith, convidou todos os cidadãos e os líderes políticos a permanecerem unidos, independentemente de quem vencer as eleições, para acolher o Santo Padre.
Teme-se que o período pré e pós eleitoral seja marcado por violências. “Neste caso a igreja católica adotará as medidas necessárias”, disse o Cardeal Ranjith.
O mesmo disse confiar “na bondade humana” e no bom senso dos líderes e da população, para que todos possam ser superiores às paixões desencadeadas pelo embate político.