Fundação pontifícia encaminha 5 milhões de euros reconstrução de edifícios da Igreja destruídos em Beirute, no Líbano, em consequência da explosão de agosto
Da redação, com Agência Ecclesia
A Fundação Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) aprovou um auxílio suplementar para reconstrução de edifícios da Igreja destruídos em Beirute, capital do Líbano, na sequência da “brutal explosão” que atingiu a zona portuária da cidade, a 4 de agosto.
“Trata-se de reforçar os projetos identificadas pelos parceiros da Ajuda à Igreja que Sofre e que foram considerados como prioritários não só para o trabalho cotidiano da Igreja como pela sua importância histórica e valor patrimonial”, lê-se num comunicado da fundação pontifícia.
Entre esses edifícios conta-se o hospital e a residência das Irmãs do Rosário, “severamente afetados devido à sua localização junto ao Porto de Beirute, no epicentro da explosão, assim como a icônica Catedral Maronita de São Jorge, no centro de Beirute, um poderoso símbolo da histórica presença católica na capital libanesa”, realça a nota.
A Fundação AIS vai apoiar também – entre outros – os trabalhos de reconstrução da igreja greco-melquita de São Salvador, edificada no fim do século XIX.
Numa primeira fase, a ajuda da Fundação AIS está estimada “em cinco milhões de euros” e inclui também, além dos projetos de reconstrução e recuperação de edifícios da Igreja, projetos de apoio à juventude e de distribuição de ajuda alimentar de emergência para as famílias mais atingidas pela explosão.
“A prioridade inicial é fornecer os fundos necessários para a conclusão dos trabalhos de reparação de emergência e que são considerados essenciais antes da chegada do Inverno, a fim de se evitar danos ainda maiores causados pelas chuvas, e simultaneamente, tornar esses edifícios já utilizáveis” pela comunidade, explica Thomas Heine-Geldern, o presidente executivo internacional da Fundação AIS .
A explosão atingiu principalmente dois bairros, o Mar Maroun e o de Achrafieh, este predominantemente cristão. Mais de 300 mil pessoas, das quais cerca de 80 mil são crianças, ficaram desalojadas.
Perante essa tragédia, que atingiu tão fortemente a comunidade cristã, a Fundação AIS decidiu, logo nas horas seguintes à explosão, enviar – recorde-se – uma ajuda de emergência no valor de 250 mil euros, verba destinada, essencialmente, à aquisição de cestas básicas para cerca de 5 mil famílias.