Cardeal Vegliò comentou pontos do acordo sobre refugiados, defendendo maior humanidade ao tratar a questão
Da Redação, com Rádio Vaticano
O Presidente do Pontifício Conselho para os Migrantes e os Itinerantes, Cardeal Antonio Maria Vegliò, questionou o acordo entre a União Europeia e a Turquia quanto aos refugiados, que entrou em vigor na segunda-feira, 4.
O acordo prevê que todos os migrantes irregulares oriundos da Turquia e que entrem nas ilhas gregas sejam devolvidos a este país. O cardeal italiano lamenta que os refugiados sejam tratados como “mercadoria”; ele pede uma abordagem mais “humana” nessas situações.
“É preciso ser muito claro e distinguir entre migrantes e refugiados: em relação a estes, há um acordo internacional assinado pelos países mais desenvolvidos, que se comprometem a dar-lhes a possibilidade de viver fora dos territórios dos quais tiveram de fugir”, afirmou o cardeal Vegliò, em declarações à Rádio Vaticano.
Acesse
.: Mais notícias sobre a crise de refugiados
O Presidente do Pontifício Conselho manifesta “perplexidades” sobre o acordo, questionando em particular os “ganhos econômicos” para a Turquia e a falta de “garantias” para os refugiados.
A este respeito, acrescenta, surgem ainda preocupações em relação à possibilidade de reagrupamento familiar. “Este acordo suscita muitas incertezas. Os refugiados não são mercadorias, são pessoas”, conclui o Cardeal italiano.
Notícias Relacionadas
Caritas apresenta relatório sobre direitos dos migrantes e refugiados
Organização católica promove corrente de oração pela Síria
Refugiados: "Políticos europeus estão dando mau exemplo"
Cardeal visitará refugiados sírios e iraquianos no Líbano
Caritas pede que fronteiras não sejam fechadas aos migrantes
