Tufão Haiyan

Risco de epidemias é grande nas Filipinas, destaca bispo

O risco de epidemias é grande nas Filipinas e as medidas de emergência  ainda não atingem a todos, afirmou em entrevista à Rádio Vaticano, o bispo de Maasin, Dom Precioso Cantillas. Segundo o bispo, a falta de estrutura na região devastada pelo Tufão Haiyan, na última sexta-feira, 8, é um grande obstáculo para o socorro às vítimas.

Além da destruição, o país se depara agora com o perigo de epidemias, como pneumonia e  tifo,  devido às más condições de sobrevivência das pessoas afetadas pela tempestade. Cerca de 360 mil filipinos estão em abrigos temporários, porém a maioria não tem para onde ir, revela Dom Cantillas, e por isso estão vulneráveis às doenças.

Outro problema enfrentado é o sepultamento dos mortos que tem causado protestos entre os moradores. O governo local tem realizado enterros em massa,  com oposição das famílias que desejam sepultar seus mortos. A  Organização Mundial de Saúde destacou que os enterros coletivos violam os direitos humanos fundamentais.

Dom Cantillas afirma que a destruição é incalculável e muitos ainda não receberam qualquer tipo de socorro. “Estávamos preparados, pois sabíamos da chegada do tufão, mas o que aconteceu foi além do que poderíamos imaginar. Por exemplo, em Tacloban,  a tempestade elevou o nível do mar, varrendo tudo o que encontrou pela frente. Muitas pessoas estão desaparecidas”, afirma.
 
O bispo ressalta que a Igreja, mesmo com grande parte das Paróquias  afetadas, abriu suas portas para acolher e fornecer auxílio concreto à população. “A Cáritas está enviando comida, água, produtos de necessidade básica aos centros sociais da Diocese. Mas, infelizmente, há algumas áreas em que não temos nenhum contato ainda”, afirma.

“Rezem para que tenhamos a força de suportar as dificuldades, o sofrimento e a perda de familiares e amigos e, ao mesmo tempo, pedimos que nos ajudem para que possamos  estender o nosso auxílio às vítimas dessa catástrofe”, pede Dom Cantillas.

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