Irmã Osnilda Lima, consagrada junto às irmãs Paulinas, recorda fala do Papa para mostrar como a mulher é importante na evangelização
Monique Coutinho
Da Redação
Este ano é considerado especial para aqueles que escolheram ter uma vida em Cristo, entregando-se por inteiro e colocando-se a serviço de Deus. 2015 foi declarado pelo Papa Francisco como o Ano da Vida Consagrada e, entre as milhares de pessoas que se dedicam inteiramente à religiosidade, as mulheres vêm conquistando seu espaço.
Da ordem religiosa das irmãs paulinas, Irmã Osnilda Lima (fsp) ressalta a importância das religiosas para a Igreja / Foto: Divulgação
Em entrevista ao noticias.cancaonova.com, a religiosa da Congregação das Irmãs Paulinas, Irmã Osnilda Lima (fsp), ressalta a importância da mulher cristã para a Igreja. São elas que levam o Evangelho para as pessoas que vivem em locais onde há baixo número de sacerdotes, como o norte do país.
“Muitas paróquias e comunidades vão adiante, porque a mulher cristã, leiga ou religiosa consagrada, está à frente liderando e dinamizando (…) São elas as protagonistas, mas nem sempre são reconhecidas como tal.”
A irmã diz que o feminino está na base da Igreja Católica. Um exemplo é a afirmação do Papa Francisco ao dizer que a casa de Deus não existe sem as irmãs. “A Igreja é mulher. É a Igreja, não o Igreja. (…) Pensem em uma Igreja sem as irmãs. Não se pode pensar: elas são esse dom, esse fermento que leva adiante o povo de Deus. São grandes essas mulheres que consagram a sua vida ao Senhor, que levam adiante a mensagem de Jesus”, considera o Santo Padre.
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Um quadro que constitui uma adversidade para a vida consagrada hoje é a perseguição religiosa, da qual são alvos muitas mulheres consagradas. Para Irmã Osnilda, esse grande sofrimento enfrentado por elas procede da consequência do testemunho ao seguimento de Jesus.
“Por causa desse seguimento radical, testemunhado no jeito de viver, advém a perseguição realizada por aqueles que são contra a fé cristã. O mártir não busca a morte para alcançar a comunhão com Cristo. No entanto, ao procurar Cristo, esse encontro poderá passar pelo caminho do martírio.”
De acordo com a religiosa, viver radicalmente para Deus exige muita dedicação. Diante dessa realidade, vários desafios são enfrentados, um deles é ter a consciência de que a raiz da vocação cristã é fundada na experiência de fé.
“Quando me perguntam por que sou religiosa consagrada na congregação das irmãs Paulinas, por mais que eu procure explicar, não há palavras que o digam. Então, para mim, o maior desafio é a dimensão do crer, sair de mim mesma diariamente, deixar a comodidade e a rigidez do meu eu e as possibilidades que a vida me oferece, para centrar-me em Jesus Cristo.”
Irmã Osnilda se diz surpresa com a criatividade do Espírito Santo em despertar diversos carismas para o serviço do Reino de Deus, pois cada congregação tem o seu estilo de vida e sua forma de levar o Evangelho.
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“Bendito seja Deus pela diversidade dos carismas na Igreja. Bendito seja pelo grande mosaico de rostos que compõem a vida religiosa no mundo (…) A diversidades dos carismas é um dos grandes dons de Deus ao mundo a serviço de Seu Reino.”
Ao finalizar, a religiosa deixa uma mensagem para todas as mulheres que se sentem chamadas a viver uma vida em Cristo, mas que ainda temem se entregar por inteira a essa vocação. “Não temam diante do chamado, pois o Senhor nos dá a graça para que, em nossa pobreza, possamos dar o ‘sim’, renovado-o a cada dia. Somos enviadas à missão em nome d’Ele. Deus não abandona quem Ele chama. ‘Ide pelo mundo inteiro e anunciai a Boa Nova a toda a criatura’”.
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