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Reforma da Cúria requer longo tempo, diz porta-voz do Vaticano

Padre Lombardi deu informações sobre o Consistório iniciado ontem; sacerdote reiterou necessidade de trabalho detalhado para reformar a Cúria

Da Redação, com Rádio Vaticano

Padre Federico Lomnardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé / Foto: Arquivo

Padre Federico Lomnardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé / Foto: Arquivo

O diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, padre Federico Lombardi, deu entrevista coletiva sobre o Conselho dos Cardeais concluído na quarta-feira, 11, e sobre o Consistório, da manhã desta quinta-feira, 12. Ele disse que não se prevê um curto prazo para a reforma da Constituição Apostólica Pastor Bonus, sobre a Cúria Romana.

“Não nos encontramos num horizonte de finalizações iminentes deste documento; ele deve ser amadurecido, estudado muito bem, inclusive do ponto de vista teológico e canônico, e bem acabado em todos os seus particulares. Trata-se, portanto, de um tempo bastante consistente, de um longo tempo”, disse, recordando que a elaboração da Constituição teve um trabalho detalhado, com consulta a canonistas e teólogos.

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Ele também informou que se falou sobre a criação de dois futuros dicastérios, um para os leigos, a família e a vida; e outro para a caridade, a justiça e a paz. Ambos englobarão alguns Pontifícios conselhos. Em todo caso, deve-se excluir que o chefe do primeiro dicastério seja um leigo.

Além disso, ainda deve se definida, detalhadamente, a figura do moderador da Cúria. Este não deve ser uma figura à parte, informou o sacerdote.

“Não se pensa numa figura a mais, mas que esta tarefa de coordenação e de moderação esteja inserida nas atribuições da Secretaria de Estado.”

Padre Lombardi também comentou sobre o Consistório iniciado nesta quinta-feira: 165 cardeais chegaram à Cidade Eterna e, na parte da manhã, já houve uns doze pronunciamentos.

Alguns reiteraram a necessidade de se proceder colegialmente nas decisões, outros falaram sobre o papel dos leigos e sobre a formação no trabalho e espiritual deles. Houve também quem pedisse maior mobilidade entre os funcionários das várias repartições da Cúria, bem como quem reiterasse a necessidade de se respeitar profissionalismo e competência.

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